SUPERMAN # 1
Título: SUPERMAN # 1 (Editora Abril) - Revista quinzenal
Autores: Jeph Loeb & Joe Casey (argumentos), Ed McGuinness & Mike Wieringo (desenhos) e Cam Smith & Jose Marzan Jr. (arte-final).
Preço: R$ 2,50
Data de lançamento: Maio de 2002
Sinopse: Aparentemente, o planeta Plutão sumiu. Astrônomos de todo o mundo não conseguem mais localizá-lo nos céus, e o Super-Homem parte para tirar a dúvida pessoalmente.
Mas, ao chegar no local que deveria estar Plutão, ele encontra um novo Mundo Bélico, onde ganha uma recepção nada calorosa. Enquanto isso, na Terra, Lex Luthor recebe uma inesperada visita, que o adverte sobre um perigo que está por vir.
Na segunda aventura, o Homem de Aço é atraído para uma área abandonada, e servirá como primeiro teste do novo Esquadrão Suicida. Já Lois Lane investiga o por quê de vilões estarem sendo transferidos a mando do presidente Luthor. Mas nem com seu pai, o General Sam Lane (Secretário de Defesa do governo), ela conseguirá as respostas que procura.
Positivo/Negativo: Nova linha de quadrinhos, nova série, nova saga e antigo formato. Começa a publicação da linha Planeta DC, cuja principal novidade é a volta do formatinho.
As duas histórias dessa edição são uma espécie de prelúdio da saga Mundos em Guerra. Bons roteiros e arte. Na primeira, vemos a volta do Mundo Bélico. Os leitores mais atentos lembrarão que ela aparece no início de Superman Premium #19, com uma participação dos Homens Lineares. O objetivo dos criadores envolvidos nas histórias do Homem de Aço começa a ser mostrado aqui.
Mas há um problema. Este primeiro número traz o personagem Manchester Black. Os leitores que acompanham os títulos nacionais nem precisam se esforçar para lembrar quem é ele, pois não conseguirão. A sua primeira aparição aconteceu como líder da equipe Elite, em Action Comics #755, e foi completamente ignorada pela Editora Abril aqui no Brasil. Esta foi uma das mais de 12 histórias do Super-Homem puladas nos últimos meses.
Como o Universo HQ vinha alertando sobre o possível corte, essa história era importante porque, além de apresentar personagens que aparecerão na saga, ainda foi considerada como a melhor do Super-Homem nos últimos anos, e a revista Wizard americana chegou a eleger a trama como a melhor da última década.
Preferências questionáveis da Wizard à parte, a história é realmente muito boa, e aborda diversas polêmicas envolvendo o Super-Homem. Recebeu elogios de crítica e público nos Estados Unidos, e tinha um grande potencial comercial.
Se a Abril ainda publicará esta história? Ótima pergunta. Vale a pena mostrá-la, mas, acontecendo, ela estará totalmente deslocada da cronologia do herói.
Sobre o formatinho, é basicamente o mesmo da fase pré-premium, com algumas diferenças. A revista tem a metade das páginas, e o preço, apesar de se destacar em meio a tantos títulos caros que estão nas bancas atualmente, não é tão barato assim para 50 páginas.
Mas o principal problema (não só de Superman, mas como de todas as edições #1) é a capa. Nesse caso, foi feita uma montagem com o logotipo do Super-Homem de fundo. O herói parece uma mosca perdida em meio à capa, e dá pra ver a perda de resolução do logo quando a imagem foi ampliada.
Além disso, a numeração está escondida no canto, assim como os logos da Abril e da DC. Não existe qualquer tipo de chamada, e a impressão é que tudo foi feito às pressas.
Outro ponto negativo são os logotipos das revistas. Nesta foi colocado um efeito 3D, que causou um resultado estranho em um logo cujo design já é em 3D. Recentemente, a DC Comics mudou o visual das quatro séries mensais americanas do herói kryptoniano. Se fosse o caso, a nova revista da Abril poderia ter se inspirado nelas. Mas o layout está simplório e pouco atrativo, um pecado para a estréia de um novo título.
Superman #1 marca o retorno da seção de cartas Correio de Krypton. Há também uma matéria na contracapa sobre a linha Planeta DC, e com "declarações" de pessoas famosas, como o Papa, Madonna e até George W. Bush. Tudo isso feito como se fosse a primeira página do Planeta Diário. O resultado foi interessante, com uma boa pitada de humor.
A impressão, considerando o tipo de papel usado e como era vista nos antigos formatinhos, está boa.
Curioso, mesmo, é ver a Abril voltar a publicar formatinho depois de um ano e meio. Antes relegado e considerado ultrapassado, agora voltou a ser solução. Independente dos gostos pessoais (praticamente unânime a preferência por um formato mais luxuoso e de papel de maior qualidade), também é preciso lembrar que todo leitor é um consumidor, e, como tal, precisa ter dinheiro para comprar suas revistas. O formatinho existe para facilitar isso.
Na seção de cartas, há até mensagens de leitores que garantem ter deixado de comprar as revistas quando surgiu a Linha Premium. Mas parece que ninguém da editora se lembrou de contar para esses fãs o que aconteceu nas histórias de seus personagens durante os últimos meses. Não há um só texto, sequer um mero resumo; e quem não vinha acompanhando as aventuras, com certeza, terá dificuldades para sacar algumas coisas.
Classificação: