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Superman # 10 - Novos 52

3 maio 2013

Superman # 10 - Novos 52Editora: Panini Comics - Revista mensal

Autores: Superman - À prova de balas (Action Comics #10) - Grant Morrison (roteiro), Rags Morales (desenhos), Rick Bryant (arte-final) e Brad Anderson (cores);

Segredos e mentiras - Parte II (Superman # 10) - Dan Jurgens (roteiro e desenhos), Jesús Merino (arte-final), Tanya e Richard Horie (cores);

Tal filha (Supergirl # 9) - Michael Green e Mike Johnson (roteiro), Mahmud Asrar (arte) e Dave McCaig (cores);

Salvadora (Supergirl # 10) - Michael Green e Mike Johnson (roteiro), Mahmud Asrar (arte) e Dave McCaig (cores).

Preço: R$ 7,50

Número de páginas: 84

Data de lançamento: Março de 2013

Sinopse

Action Comics - Maxim Zarov é o codinome Nimrod, um dos caçadores de recompensas mais eficientes do mundo. Ele matou tudo que já viveu, e seu alvo agora é Clark Kent, o Superman.

Superman - Continuam os confrontos entre o Homem de Aço e a vilã Angústia, quando a identidade secreta errada do herói é revelada ao mundo.

Supergirl - Kara Zor-El e a Banshee Prateada enfrentam uma antiga maldição familiar.

Positivo/Negativo

Bons ventos continuam a soprar na revista mensal do Superman, em mais uma edição com quatro histórias, maior número de páginas e tudo para agradar aos fãs mais dedicados.

Quem acompanha o trabalho de Grant Morrison nos Novos 52 já sabe que ele acertou em cheio na nova fase do kryptoniano, investindo na juventude de Clark Kent e numa visão mais idealista e assertiva do herói, que resgata muito dos ideais dos criadores Jerry Siegel e Joe Shuster, mas não se prende apenas a eles e nada tem de retrô ou nostálgica.

O autor segue olhando sempre adiante, e a trama este mês apresenta um implacável caçador de recompensas no rastro do Superman e uma decisão impensável por parte do jovem Clark, sacrificando aquele que talvez seja seu bem mais valioso.

É certo que o time criativo de Action Comics apresentou um clima renovado de boas interpretações para os jornalistas mais queridos do mundo dos quadrinhos, e continua bem natural a identificação do público com este universo. Além de ser um ótimo contraponto para as viagens multiversais que Morrison tanto aprecia.

Na aventura do título original de Superman, Dan Jurgens escreve e ilustra sozinho esta edição, já que o colega Keith Giffen abandonou o barco por razões pessoais. Mas o veterano não deixa a peteca cair, e manda bem no desfecho da trama da vilã Angústia e do blogueiro que revelou ao mundo a possível identidade secreta do Homem de Aço.

Jurgens foi responsável por texto e arte das histórias do personagem durante quase uma década, assinando grandes momentos como morte, funeral e retorno do Superman, além de seu casamento com Lois Lane e até a saga dos poderes elétricos.

Foi uma ótima sacada a DC escalar o autor para essas seis edições da série após o reboot de seu quadriverso, pois ele está em boa forma e entende como poucos o que faz funcionar uma história do Superman. E é impressionante como ele se adaptou bem à nova encarnação do Último Filho de Krypton e seu elenco de coadjuvantes, cada vez mais encantadores.

Completando a edição, mais duas histórias da Supergirl pela dupla de roteiristas Michael Green e Mike Johnson, com arte do competente Mahmud Asrar. Não é tão impactante como a colaboração de George Pérez no número anterior, mas continua fazendo bonito ao explorar a parceria de Kara Zor-El com a novíssima Banshee Prateada, agora sua melhor amiga, enfrentando antigas maldições e ameaças inacreditáveis.

A equipe criativa finalmente parece ter situado Kara em sua nova vida na Terra, que deixa de lado as intermináveis recordações de Krypton e segue em frente, com a possibilidade até de um interesse romântico.

Essa nova fase da Supergirl havia começado sem muita força ou direção segura a percorrer, mas os escritores encontraram o foco. Assim, a série tem tudo para mostrar sagas memoráveis com a Garota de Aço.

Também foi válida a iniciativa da Panini de acelerar a cronologia do título com mais histórias da prima de Kal-El, já preparando o terreno para futuras interligações de personagens e os inevitáveis crossovers. Quem ganha são os leitores.

Assim, o primeiro ano dos novos títulos da DC após o reboot da editora está chegando ao fim e, em meio a altos e baixos, de bons títulos e séries esquecíveis, dá pra afirmar com segurança que novamente se tem uma boa fase de aventuras do Superman.

Os leitores brasileiros podem acompanhar esse universo fantástico em sua totalidade, numa quantidade de títulos e lançamentos em bancas nunca antes vista, e o super-herói que originou tudo está bem na vanguarda do novo universo. Nada mau para quem amargou recentemente uma caminhada pela América e muita enrolação.

Que venham mais mudanças imprevisíveis e redirecionamentos seguros para o maior herói dos quadrinhos.

Classificação

3,5

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