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Superman # 111 - Panini

24 fevereiro 2012

Superman # 111Editora: Panini Comics - Revista mensal

Autores: Solo - Parte Oito (Superman # 710) - J. Michael Straczynski e Chris Roberson (roteiro), Eddy Barrows (desenho), J.P. Mayer (arte-final) e Rod Reis (cores);

Solo - Parte Nove (Superman # 711) - J. Michael Straczynski e Chris Roberson (roteiro), Eddy Barrows (desenho), J.P. Mayer (arte-final) e Rod Reis (cores);

Solo - Parte Dez (Superman # 713) - J. Michael Straczynski e Chris Roberson (roteiro), Diógenes Neves, Jamal Igle e Eddy Barrows (desenho), Oclair Albert, J.P. Mayer e Jon Sibal (arte-final) e Marcelo Maiolo (cores);

Solo - Final (Superman # 714) - J. Michael Straczynski e Chris Roberson (roteiro), Jamal Igle (desenhos), Jon Sibal e Robin Riggs (arte-final) e Marcelo Maiolo (cores).

Preço: R$ 6,50

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Fevereiro de 2012

Sinopse

Nos capítulos finais de Solo, Clark Kent decide abandonar a identidade heroica de Superman, e só as opiniões de pessoas comuns podem fazê-lo mudar de ideia.

Positivo/Negativo

Muitos autores julgam Superman um personagem difícil de escrever, devido a sua quantidade de poderes e personalidade de bom moço. Ainda assim, o kryptoniano tem estrelado boas histórias ao longo dos tempos, como a reformulação de John Byrne, As quatro estações, O legado das estrelas, Reino do amanhã e Identidade secreta.

E espera-se que roteiristas que se dizem apaixonados pelo herói produzam as sagas mais memoráveis. Não é o caso de Solo. Concebida como um arco de histórias em 12 partes pelo roteirista J. Michael Straczynski, fã confesso do Homem de Aço, a trama que chega ao fim nesta edição não passou de uma sucessão de equívocos, da premissa absurda às caracterizações forçadas, com reviravoltas que não convencem e um desfecho óbvio.

Quando Chris Roberson assumiu a tarefa de continuar a história a partir das ideias de Straczynski, a situação pareceu melhorar, mas os capítulos finais beiram o ridículo.

Solo prometia devolver o Superman às origens, já que em sua caminhada pela América, o herói resolveria problemas menores dos cidadãos comuns, recuperando um pouco do idealismo dos criadores Jerry Siegel e Joe Shuster.

O grande problema, desde o início, foi a execução problemática desse conceito. Lidando com uma tentativa de suicídio ou alienígenas vivendo numa cidade norte-americana, as tramas pareciam mais pregação política por parte de Straczynski do que uma exploração do heroísmo junto ao povo.

Chris Roberson, na promissora edição anterior, apresentou reviravoltas interessantes, como o Esquadrão Superman e encontros com Mulher-Maravilha, Flash e um Bruce Wayne em treinamento.

Infelizmente, contudo, o autor resolveu os problemas da saga sem a mesma criatividade. Após enfrentar a vilã Curto-Circuito, numa aventura genérica que parece desconectada do restante da saga, Superman decide abandonar sua identidade heroica e pendurar o uniforme. Tal conflito é explorado de forma burocrática, e resolvido por meio de entrevistas com pessoas andando na rua que expõem suas visões sobre o herói.

E tudo transcorre da forma mais óbvia possível, sem inspiração ou lances surpreendentes. Para uma aventura que lidava com o último filho de Krypton andando deprimido para se reconectar à humanidade, a solução encontrada não poderia ser menos satisfatória.

A capacidade do Superman de inspirar a bondade no coração dos homens é reduzida a uma alavanca de roteiro por escritores preguiçosos, numa obra que carece de emoção. O ponto positivo é a parceira entre Clark Kent e Bruce Wayne, num flashback para o período de treinamento do Morcego. Neste ponto, Roberson conseguiu explorar o melhor da personalidade dos dois, e sua predileção pelos personagens salta aos olhos. Pena que não repetiu o desempenho nos demais capítulos.

Em relação à arte, Eddy Barrows e Jamal Igle fazem um trabalho competente, mas sem grande brilho. Por melhor que sejam, não podem realizar milagres trabalhando a partir de um texto tão fraco.

Barrows, em especial, dá a impressão de que seria uma ótima opção para o personagem - é uma pena ver seu talento desperdiçado. Tanto Straczynski quanto Roberson são escritores respeitados, com bons roteiros no currículo. Chega a ser irônico, portanto, que o pior trabalho de ambos seja com o personagem que dizem ser o seu preferido.

Por isso, a partir de agora, é impossível para o leitor não duvidar do próximo autor que anunciar a "saga definitiva" do Superman.

Classificação

1,5

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