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Reviews

SUPERMAN # 113

1 dezembro 2012

SUPERMAN # 113

Editora: Panini Comics - revista mensal

Autores: Reino de Apocalypse - Parte 3 (Superman/Batman Annual # 5) - James Robinson (roteiro), Miguel Sepúlveda (arte) e José Villarubia (cores);

Reino de Apocalypse - Parte 4 (Superboy # 6) - Jeff Lemire (roteiro), Marco Rudy (arte) e Jamie Grant e Dominic Regan (cores);

Autobiografia (Action Comics # 900) - Paul Dini (roteiro), RB Silva (desenhos), Rob Lean (arte-final) e Java Tartaglia (cores).

Preço: R$ 6,50

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Abril de 2012

 

Sinopse

Reino de Apocalypse - Mais dois capítulos da saga em que a criatura que matou Superman confronta Batman, Supergirl, Super-Ciborgue e Superboy.

Autobiografia - Num planeta alienígena, Superman conhece uma história de sacrifício e redenção.

Positivo/Negativo

A saga Reino de Apocalypse começou sem muita força na edição anterior, apresentando confrontos entre os heróis Aço e Renegados e a criatura bestial com escassez de criatividade.

Finalmente, neste número, a situação muda por conta do roteiro de James Robinson. O autor britânico, consagrado por seu trabalho em Starman, na década de 1990, prova que o talento pode fazer a diferença e salvar o mais infeliz dos crossovers.

Mesmo com uma trama situada no meio de uma saga pobre e sem propósito, Robinson constrói situações dramáticas cativantes, e explora a amizade entre o Batman Dick Grayson e Supergirl, os dois integrantes da Liga da Justiça que ele melhor trabalhou.

De quebra, o Super-Ciborgue faz seu retorno triunfal, e a ação ininterrupta é bem temperada pelas introspecções psicológicas típicas do autor.

Apocalypse surgiu na saga A morte do Superman, sem uma origem definida e nenhuma personalidade além do ódio e da vontade de destruir tudo a sua frente.

Com o tempo, o monstro teve o passado exposto e ganhou nuances que só diminuíram seu apelo. A saga atual é uma tentativa de resgatar a "glória" do vilão, mas falhou nos primeiros capítulos pelos roteiros burocráticos e previsíveis, pois nem uma sequência de pancadaria sem sentido pode ser escrita no modo automático.

Já a história de abertura de Superman # 113 muda o panorama de Reino de Apocalypse por lidar com personalidades heroicas distintas, diálogos reveladores e um dilema que vai além dos confrontos físicos.

Fazendo uma ligação com as histórias da Liga da Justiça, título que o próprio James Robinson escreveu com resultados regulares, há a versão sombria da Supergirl com uma doença misteriosa que alcança o cerne da heroína.

Mas nem tudo é perfeito. A segunda aventura, centrada no Superboy, marca um regresso da falta de emoção ao conflito. O roteirista Jeff Lemire até se esforça numa cena em que o Garoto de Aço conversa com seu amigo Robin Vermelho, mas, na hora em que o herói enfrenta Apocalypse, tem lugar mais uma sequência de violência que não empolga e só faz lamentar o envolvimento de tantos títulos na trama.

Pra piorar, o leitor brasileiro deve ficar perdido em meios aos desdobramentos desta fase do Superboy, que a Panini decidiu ignorar. Preparando terreno para o reboot da DC Comics, a editora decidiu adiantar a cronologia de seus personagens, e a série do clone do Superman acabou sacrificada. Pena, porque o trabalho de Jeff Lemire à frente do super-herói adolescente (confira aqui um review do encadernado desta fase) foi uma grata surpresa.

Completando a revista, uma singela história de três páginas, assinada por Paul Dini e RB Silva. Única oportunidade de ver o Superman este mês em seu próprio título, o conto Autobiografia dá uma boa noção de Kal-El como cidadão do universo, e foi parte da edição comemorativa Action Comics # 900. Ponto para a Panini por incluí-la.

 

Classificação:

4,0

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