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Superman # 14 - Novos 52

18 outubro 2013

Superman # 14 - Novos 52Editora: Panini Comics – Revista mensal

Autores: Superman - Missão em Marte (Action Comics #1 4) – Grant Morrison (roteiro), Rags Morales (desenhos), Mark Propst (arte-final) e Brad Anderson (cores);

Brilha, brilha, estrelinha… (Action Comics # 14 II) – Sholly Fisch (roteiro), Chris Sprouse (desenhos), Karl Story (arte-final) e Jordie Bellaire (cores);

Inferno na Terra – A face de H’el! (Superboy # 14) – Tom DeFalco (roteiro), R.B. Silva (desenhos), Rob Lean (arte-final) e Richard e Tanya Horie (cores);

Inferno na Terra – O filho perdido de Krypton (Supergirl # 14) – Mike Johnson (roteiro), Mahmud Asrar (arte) e Dave McCaig (cores).

Preço: R$ 7,20

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Agosto de 2013

Sinopse

Superman – Em Marte, o herói enfrenta desafios inesperados para salvar vidas inocentes, e descobre um legado perdido do pai Jor-El.

Superman – Kal-El às voltas com a verdade sobre o destino de seu planeta natal, Krypton.

Superboy – No crossover Inferno na Terra, o Garoto de Aço e os Novos Titãs cruzam o caminho com um misterioso kryptoniano na Terra.

Supergirl – Dando prosseguimento a Inferno na Terra, a heroína adolescente é o novo alvo do filho perdido de Krypton, H'El.

Positivo/Negativo

Superman # 14 ganha destaque merecido por mostrar duas histórias de Inferno na Terra, o primeiro grande crossover ligando os títulos relacionados ao Homem de Aço no contexto dos Novos 52, como ficou conhecido o Universo DC após o reboot de sua cronologia.

Logo, entra aqui uma trama da revista original do Superboy, com texto do veterano Tom DeFalco, e fica de fora o Superman de Scott Lobdell.

Ainda assim, a influência de Lobdell pode ser sentida a cada página da narrativa ligando Superboy, Novos Titãs e Supergirl, já que foi ele quem iniciou a jornada de muitos desses personagens em sua atual direção, bem como as ideias gerais da nova saga.

A má notícia é que Inferno na Terra, a julgar pelas histórias iniciais, falha em sua tarefa de cativar o leitor e envolver heróis distintos num enredo coerente.

Há o mérito de apresentar linhas narrativas de Superman, seu clone e a prima kryptoniana se encontrando em meio à herança do planeta perdido, mas o vilão H’El não tem o menor carisma e fica difícil entender ou se importar com suas motivações.

Rola apenas o típico confronto entre heróis e vilões no qual as boas caracterizações passam longe, ao menos no que se refere ao crossover. É que, quando o foco é nas vidas particulares de Superboy e Supergirl, a situação muda, e os roteiristas conseguem mostrar facetas diferentes de cada um.

Enfim, Inferno na Terra conseguiu mesmo interromper a sequência interessante de aventuras dos “heróis de aço”, sem nada que justifique o barulho. Vale dizer ainda que a apresentação visual do Superman por Mahmud Asrar, na série da Supergirl, é uma das mais esquisitas dos últimos tempos, destoando do bom tratamento dado a Kara Zor-El.

Mas nem só de crossover infeliz vive o Superman. Na história de abertura da revista, há a surpreendente Action Comics, do roteirista Grant Morrison e do ilustrador Rags Morales, que, mesmo não estando em seu melhor momento, confere dignidade ao personagem.

Verdade que a atual investida do escocês no universo do kryptoniano não é tão marcante como a magnífica Grandes Astros Superman, mas a prende a atenção mês a mês, deixando um gosto de quero mais. A dupla de criadores parece bem à vontade no título, deixando algumas pistas sobre a terrível ameaça que o Homem de Aço tem pela frente.

É notável como Morrison já superou sua abordagem inicial do herói com inspiração nos gibis da Era de Ouro, e agora investe em temas de ficção científica e fantasia que marcaram décadas posteriores de sua jornada, com se sintetizasse um passeio por todas as eras do Superman.

Há mais uma história curta, de oito páginas, com texto do usual colaborador da revista Action Comics, Sholly Fisch, e desenhos de Chris Sprouse. Curioso notar o estilo do artista que já cuidou de Supremo e Tom Strong nas páginas do super-herói original, com mais uma ideia bem trabalhada que enriquece o seu universo.

Mais de um ano após o relançamento de Superman e do Universo DC no Brasil, retornam alguns vícios bem conhecidos dos quadrinhos contemporâneos e a criatividade nem sempre fala mais alto, porém os alicerces da nova fase estão bem sedimentados e ainda apontam para voos interessantes.

Classificação

2,5

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