Superman #15 - Novos 52
Editora: Panini Comics – Revista mensal
Autores: Superman no fim dos dias (Action Comics # 15) – Grant Morrison (roteiro), Brad Walker e Rags Morales (desenhos), Andrew Hennessy e Mark Propst (arte-final) e Brad Anderson (cores).
E como meu próximo truque... (Action Comics # 15 II) – Sholly Fisch (roteiro), Chris Sprouse (desenhos), Karl Story (arte-final) e Jordie Bellaire (cores).
Monte um paraquedas enquanto cai (Superman # 14) – Scott Lobdell (roteiro), Kenneth Rocafort (arte) e Sunny Gho (cores).
Aço estilhaçado (Superboy # 15) – Tom DeFalco (roteiro), Ron Frenz (esboços), Roger Robinson com Iban Coello e Amilcar Pinna (arte), Richard e Tanya Horie e Jeromy Cox (cores).
Preço: R$ 7,20
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Setembro de 2013
Sinopse
Action Comics – Clark Kent relembra um dia especial em sua vida que terminou em tragédia, e surgem novas revelações sobre uma ameaça da quinta dimensão.
Action Comics II – A história de um amor que ultrapassou dimensões e terminou na Terra, e vai influenciar a existência do Superman.
Superman – Intrigas amorosas com Lois Lane, confronto com a Supergirl e a ameaça de H’El em mais um capítulo de Inferno na Terra.
Superboy – A saga do kryptoniano perdido continua, e agora a vida do clone do Homem de Aço está por um fio.
Positivo/Negativo
Mais uma edição dedicada ao crossover Inferno na Terra, e novamente é a série Action Comics de Grant Morrison que salva o dia, em meio a histórias pouco inspiradas.
O texto do escocês alcança aqui o nível de loucura e imprevisibilidade que se espera dele, mas mantendo o enfoque no elemento humano e em situações que geram empatia imediata, rendendo bons momentos.
Sua trama pode parecer confusa numa primeira olhada, e vale a pena ler mais de uma vez, para depois refazer todo o processo quando a saga tiver terminado. A exemplo de suas boas fases com Liga da Justiça e Batman, Morrison faz com o Superman um experimento diferenciado em termos de quadrinhos de super-heróis, em que nada é o que parece e as ideias arrojadas falam mais alto.
Nesta edição, a abordagem exagerada sobre a Quinta Dimensão consegue reinventar conceitos e prevenir o kryptoniano sobre uma ameaça sem precedentes, numa guinada que é muito bem-vinda. Rags Morales divide a arte com Brad Walker, e este último rouba a cena.
Na sequencia, mais uma história curta (oito páginas) assinada por Sholly Fisch e Chris Sprouse, complementando a trama principal do título Action Comics, que não decepciona. Essas narrativas secundárias já se tornaram um atrativo extra para os leitores, e é ponto para a Panini por incluí-las a cada mês.
Fisch e Sprouse são uma dupla eficiente, e bem que poderiam trabalhar juntos em algum projeto distinto.
Mas os dois capítulos de Inferno na Terra derrubam o nível consideravelmente. A saga idealizada por Scott Lobdell é um desperdício de papel e atenta contra a paciência do leitor, com seu vilão genérico e desdobramentos que não chegam a lugar algum.
Curioso que Lobdell até faz bonito quando centra fogo na dinâmica Lois Lane em seu relacionamento com Clark Kent, provando que entende os personagens e ainda tem potencial como narrador de suas jornadas pessoais. O diálogo inicial entre os dois jornalistas, interrompido de forma surpreendente pela Supergirl, atesta isso.
O problema foi mesmo a decisão de interligar os títulos dos “Heróis de Aço”, interrompendo o andamento de suas tramas individuais com um pretexto infeliz. O vilão H’El é um acréscimo desnecessário ao universo do último filho de Krypton, e só resta torcer para que seja logo esquecido.
Na aventura do Superboy, o único consolo para leitores veteranos é ver reunidos Tom DeFalco e Ron Frenz, que tantos bons trabalhos produziram na rival Marvel.
Para resumir, o Superman passa pela boa fase assinada por Grant Morrison e tem potencial nas mãos de Scott Lobdell, perdendo apenas por conta de seu crossover ruim. Que o autor encontre logo seu caminho e bons ventos tragam aventura e criatividade. O leitor fiel merece.
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