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Superman # 16 – Novos 52

13 dezembro 2013

Superman # 16 – Novos 52Editora: Panini Comics – Revista mensal

Autores: A segunda morte do Superman (Action Comics # 16) – Grant Morrison (roteiro), Brad Walker e Rags Morales (desenhos), Andrew Hennessy e Mark Propst (arte-final) e Brad Anderson (cores);

Tenso futuro (Action Comics # 16 II) – Sholly Fisch (roteiro), Chris Sprouse (desenhos), Karl Story (arte-final) e Jordie Bellaire (cores);

Dentro de Kandor (Supergirl # 15) – Mike Johnson (roteiro), Mahmud Asrar (desenhos), Mahmud Asrar, Scott Hanna e Marc Deering (arte-final) e Dave McCaig (cores);

Porque sou de escorpião (Superman # 15) - Scott Lobdell (roteiro), Kenneth Rocafort (arte) e Sunny Gho (cores).

Preço: R$ 7,20

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Outubro de 2013

Sinopse

Action Comics – A futurista Legião dos Super-Heróis viaja para o passado com o objetivo de ajudar Superman contra seu maior desafio, enquanto Vingtvx avança em seu plano diabólico.

Contos da Legião dos Super-Heróis – A equipe de jovens uniformizados do Século 31 precisa evitar um atentado contra o presidente eleito da Terra.

Supergirl – A Garota de Aço é miniaturizada e adentra a cidade engarrafada de Kandor, em meio aos eventos de Inferno na Terra.

Superman – O Homem de Aço e seu clone adolescente Superboy buscam o auxílio de Lex Luthor para tentar entender os planos de H’El.

Positivo/Negativo

Este número mostra um considerável aumento na qualidade, em relação aos dois anteriores. Agora, os roteiristas acertaram a mão no desenvolvimento do crossover Inferno na Terra. Parece que a fé de quem insistiu na revista está sendo recompensada, e o Homem de Aço vive uma saga à altura.

Quem abre a edição, novamente, é a Action Comics do insano Grant Morrison, com os bons ilustradores Rags Morales e Brad Walker, lidando aqui com o legado da morte do Superman. Mais especificamente, com o evento em sua forma revisada no contexto dos Novos 52.

É que toda a trajetória heroica de Kal-El foi reescrita com o reboot na cronologia da DC, mas o grupo editorial responsável decidiu que a morte do kryptoniano continuaria valendo, embora não da forma que os leitores acompanharam na década de 1990.

Mas Grant Morrison nunca foi um grande apreciador daquela fase, e investe em confusões multiversais entre tempo e espaço para deixar sua marca com a Segunda morte do Superman.

E “confusão” parece ser palavra de ordem com o Superman de Grant Morrison, com a Legião dos Super-Heróis viajando no tempo e uma ameaça da quinta dimensão em meio a vilões diversos e a sobrinha superpoderosa de Lois Lane. O leitor mal tem tempo para respirar.

É o escriba maluco fazendo o que sabe melhor, obrigando os fãs a reler as edições anteriores e compondo um épico original e vigoroso. É uma sequência de histórias que mostra o valor da era pós-reboot que faz toda a diferença depois de sagas como Novo Krypton, Solo e Reino do Apocalypse. Como já se aproxima o término desta fase assinada por Morrison, fica a expectativa de saber como ele vai fechar tudo.

Já Sholly Fisch e Chris Sprouse voltam a atacar em mais uma história de oito páginas centrada nos Legionários do futuro, que pode não ser um primor de originalidade, mas evidencia um olhar diferenciado sobre os heróis. E é um bem recebido retorno do ilustrador ao universo dos personagens em que trabalhou com desenvoltura, tempos atrás.

Mas são os dois novos capítulos de Inferno na Terra que mais surpreendem, justamente por conta das baixas expectativas em relação ao crossover, superadas com louvor. A questão é que o vilão com o propósito de evitar a tragédia de Krypton surgiu mal caracterizado em histórias fracas, mas enfim os roteiristas Mike Johnson e Scott Lobdell conseguiram extrair o melhor da situação, apresentando dilemas interessantes e avançando a trama.

Primeiro, há a loiríssima Supergirl relembrando um passado de amizade e beijos na boca, como só a adolescente kryptoniana poderia fazer. Depois, com o título principal do Homem de Aço, Superman e Superboy numa interação imprevista enquanto buscam a ajuda de Lex Luthor.

A visão de Lobdell e do ilustrador Kenneth Rocafort sobre o vilão impressiona pela sensação de grandeza e imprevisibilidade, que já é marca registrada dos autores em sua atual investida com o kryptoniano. Nas páginas finais, entra em cena a Liga da Justiça, aumentando o escopo da narrativa e prometendo um quebra dos bons.

Vale dizer que Inferno na Terra, como um todo, tem sido marcado por um desperdício do potencial de interligar os títulos ligados ao Superman, mas que mostra crescimento notável com os dramas explorados nesta edição. Fica a expectativa para a conclusão da saga e os desdobramentos futuros na vida dos “Heróis de Aço”.

Classificação

3,5

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