SUPERMAN # 17
Título: SUPERMAN # 17 (Editora Abril) - Revista mensal
Autores: Liga da Justiça - Mark Waid (argumentos), Howard Porter & Steve Scott (desenhos) e Drew Geraci & Mark Propst (arte-final);
Flash - Mark Waid & Brian Augustyn (argumentos), Paul Pelletier (desenhos) e José Marzan Jr. & Doug Hazlewood (arte-final).
Preço: R$ 10,00
Data de lançamento: Dezembro de 2001
Sinopse: Liga da Justiça - Bruce Wayne encontra o túmulo de seus pais violado, e os caixões roubados. Ajax (que possui medo de fogo) vira uma verdadeira tocha humana. Aquaman desenvolve fobia por água. Lanterna Verde fica cego. O Homem Borracha é congelado e partido em mil pedaços. Ao mesmo tempo, todo o mundo perde a habilidade de ler e escrever. Ninguém mais entende a escrita e o caos toma conta do mundo. Pouco depois, a fala também deixa de ser compreendida.
Esse é o plano de Ra's Al Ghul, um dos maiores inimigos do Batman. Ele planeja reduzir drasticamente a população mundial, para que ela possa ser controlada. Para isso, precisa colocar os maiores heróis do mundo fora de ação e acaba roubando arquivos secretos do Homem Morcego, onde ele havia preparado "planos de emergência", caso alguns de seus companheiros de Liga fosse dominado e precisasse ser impedido.
Como a Liga da Justiça reagirá quando souber que Batman, escondido, montava dossiês sobre eles? A equipe terá que tomar uma grande decisão, e ainda impedir Ra's de concluir o que planejou.
Flash - Começa o confronto final entre Flash Negro, Kadabra e Replicante. Mas surpresas também estão a caminho, como o retorno de Zoom, que terá um papel fundamental na volta de Wally West e Linda.
Após a tempestade, vem a bonança. Os preparativos para o casamento do velocista escarlate e Linda recomeçam, mas ainda há um problema. O Flash Negro é uma anomalia temporal no Hipertempo, que pode colocar o mundo em perigo. Cabe ao Super-Homem e Mulher-Maravilha a difícil tarefa de dar a notícia a todos.
Positivo/Negativo: Uma edição inteira escrita por Mark Waid. De um lado, sua estréia com o pé direito como escritor da Liga da Justiça. Ele cria uma história perfeitamente lógica (afinal, não é nada difícil o metódico e precavido Batman ter criado maneiras de deter seus companheiros, em caso de emergências) e sabe fazer a história fluir naturalmente. Outro ponto positivo é a maneira como faz os personagens interagirem, uma qualidade que também poderá ser vista em futuras aventuras.
A saga Torre de Babel só peca em um detalhe: os desenhos. O irregular Howard Porter (que estava no título desde o número 1, ao lado de Grant Morrison) ilustra as três primeiras partes da trama; e a conclusão fica a cargo do fraco Steve Scott. A partir da história seguinte, a arte já será de Bryan Hitch, que não ficará por muito tempo.
Já a segunda metade da revista marca a saída de Mark Waid das aventuras do Flash. Depois de oito anos de sucesso escrevendo o título, ele resolveu encerrar esse ciclo em sua carreira (veja detalhes na entrevista exclusiva que ele concedeu ao Universo HQ).
A trama com o Flash Negro foi longa e pareceu maior ainda aqui no Brasil, já que foi publicada ao longo de todo o ano 2001 (começou na edição Flash Especial, em janeiro). Teve momentos de baixa, mas o final acabou proporcionando uma leitura agradável.
Uma curiosidade: nas últimas páginas, quando o Flash vaga por várias realidades do Hipertempo em busca de seu mundo real, ele acaba vindo parar na "nossa" realidade. Encontra leitores e descobre que nós "lemos" suas vidas em forma de histórias em quadrinhos, chegando até a folhear Superman #17 (claro que, na versão americana, ele estava lendo Flash #159, o que faz muito mais sentido).
Classificação: