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Superman # 18 - Novos 52

21 fevereiro 2014

Superman # 18 - Novos 52Editora: Panini Comics – Revista mensal

Autores: A última batalha do Superman (Action Comics # 18) – Grant Morrison (roteiro), Rags Morales e Brad Walker (desenhos), Cam Smith e Andrew Hennessy (arte-final) e Brad Anderson (cores);

Horizontes perdidos! (Superboy Annual # 1) – Tom DeFalco (roteiro), Yvel Guichet, Iban Coello, Tom Derenick e Julius Gopez (desenhos), Jonas Trindade, Rob Lean (arte-final), Java Tartaglia, Richard e Tanya Horie, David Curiel e Nathan Eyring (cores).

Preço: R$ 7,20

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Dezembro de 2013

Sinopse

Superman – A batalha decisiva entre o Homem de Aço e o perverso Vingtvx, com a participação de Lex Luthor e da Legião dos Super-Heróis, pelo destino de toda a humanidade.

Inferno na Terra – Superman e Superboy enfrentam desafios inimagináveis e, no processo, aproveitam para se conhecer melhor.

Positivo/Negativo

A edição Superman # 18 marca o término da fase do roteirista Grant Morrison à frente do personagem, como parte do reboot da DC Comics conhecido como Novos 52.

Também é a despedida do autor dos quadrinhos mensais de super-heróis, junto com o último encadernado de Corporação Batman, já que ele agora deve se dedicar apenas a projetos especiais.

O evento permite duas conclusões básicas. A primeira é que sua passagem pelo título Action Comics resultou num trabalho menor do criador de Grandes Astros – Superman, já que essas aventuras não estão à altura de seus grandes clássicos.

A segunda é que, mesmo quando não está em seu melhor momento, Morrison ainda é um escritor acima da média. Relendo toda a série, encontra-se uma obra coerente e bem amarrada, cheia de detalhes pensados com cuidado e muita criatividade.

A ameaça da quinta dimensão surpreendeu a cada momento, e a confusão resultante deixou sempre um gostinho de quero mais. Mas toda história precisa terminar, e esta o faz em grande estilo.

Vale comparar o empenho de Morrison com outro reboot do Superman, aquele empreendido décadas atrás pelo roteirista e ilustrador John Byrne, como consequência de Crise nas Infinitas Terras.

Byrne produziu uma origem maravilhosa para o Homem de Aço, reposicionando elementos como o planeta Krypton e a cidade de Smallville. Todavia, muitas de suas histórias foram caracterizadas pelo manjado “vilão da semana”, em clima de soap opera.

Já Morrison foi menos abrangente em termos de reformulação, mas tem o mérito único de entender o Superman como um sonho, um ideal, uma filosofia. O herói que salva e inspira.

Por seu entendimento incomparável sobre o kryptoniano, a investida de Morrison já entrou para a história, e só espera-se que novos escritores sejam guiados por esse exemplo. Assim como Mark Waid e Geoff Johns em suas séries e minisséries próprias, Morrison pavimentou um caminho de como escrever o personagem.

E é o que falta a Tom DeFalco, em mais um capítulo do sofrível crossover Inferno na Terra, que completa a edição. A história reúne Superman e o clone Superboy, numa tediosa parceria em que eles conversam demais e parecem nunca se entender.

Essa interligação dos “Heróis de Aço” até teve um ou outro capítulo que se salvasse, mas no geral foi um desperdício completo. Fruto da mente de Scott Lobdell, a narrativa sobre um projeto de ressuscitar Krypton falhou na tentativa de explorar emocionalmente os justiceiros. E se estendeu por mais tempo do que devia, prejudicando o andamento de três séries mensais e comprometendo até a simpática Supergirl.

Mas com o fechamento da temporada do badalado Grant Morrison, com os ilustradores Rags Morales e Brad Walker com o Superman, fica a dúvida se a reinvenção dos ícones da DC foi enfim bem-sucedida.

O fato é que o Homem de Aço precisava mesmo de uma sacudida e, para tanto, o melhor às vezes é detonar tudo e recomeçar. A nova versão não é a ideal, mas boas histórias surgem das equipes criativas de talento ao longo dos tempos, sendo que a bagagem cronológica de cada personagem varia ao gosto de cada um.

Assim, a fase Novos 52 é mais uma tentativa de renovação, com acertos e erros, mas que mantém a bola rolando para mais uma geração.

Classificação

3,0

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