Superman # 19 – Novos 52
Editora: Panini Comics – Revista mensal
Autores: Paus e pedras (Superman # 16) – Scott Lobdell (roteiro), Kenneth Rocafort (arte), Sunny Gho e Blond (cores);
Causa perdida (Superboy # 17) – Tom DeFalco (roteiro), R.B. Silva (desenhos), Rob Lean (arte-final) e Richard e Tanya Horie (cores);
Moça vs. Deusa (Supergirl # 17) – Mike Johnson (roteiro), Mahmud Asrar (arte) e Dave McCaig (cores).
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 56
Data de lançamento: Janeiro de 2014
Sinopse
Superman – Após revelações sobre o planeta Krypton que envolvem o cientista Jor-El, a ameaça do Inferno na Terra continua, mas a Liga da Justiça não vai desistir de lutar.
Superboy – Os planos de H’El estão mais próximos da realidade, e os confrontos atingem um ponto decisivo. O jovem clone pode não escapar com vida.
Supergirl – Para garantir a restauração de seu mundo natal, a Garota de Aço precisa enfrentar a oponente mais difícil de sua vida: a Mulher-Maravilha!
Positivo/Negativo
Primeira edição da revista em sua atual encarnação, sem a presença do título Action Comics, escrito por Grant Morrison, que encerrou sua fase no mês anterior, e é impressionante como ele já está fazendo falta.
São mais três capítulos do fraco crossover Inferno na Terra, a grande saga que reúne esse núcleo de personagens no contexto dos Novos 52, e a trama parece não ir a lugar algum.
Quando o veterano Scott Lobdell assumiu o texto de Superman, durante o “mês zero”, foi com a promessa de aventuras grandiosas e um planejamento a longo prazo com o herdeiro de Krypton, sob a supervisão do editor Eddie Berganza. Ele até brilhou com a ideia da demissão de Clark Kent do Planeta Diário, mas aí foi enveredar pelos confrontos insípidos com H’El, vilão sem carisma com o propósito de ressuscitar o planeta perdido.
Neste número, o roteirista parece cada vez mais sem rumo, e falta personalidade ao excesso de pancadaria que acaba cansando.
Equipes criativas anteriores conseguiram explorar o melhor do Homem de Aço em grandes sagas que se espalhavam por diversos títulos, da cidade de Metrópolis que ganhava novas dimensões na “Era Jurgens” ao senso de diversão do casamento de Lois e Clark na fase de Jeph Loeb e Joe Kelly.
É o que falta a Inferno na Terra. Heróis e vilões simplesmente trocam sopapos e o leitor não se importa com o resultado das contendas, o que é lamentável.
O ponto positivo é o papel diferenciado que cada personagem assume, com destaque para a charmosa Supergirl apaixonada pelo vilão. Mas é pouco para um enredo que já dura vários meses e prometia dar novos rumos a Superman e companhia.
Vale afirmar que a versão reformulada do Superboy, mais uma vez um clone do Homem de Aço, é muito mais pobre neste mundo novo pós-reboot, e não contribui em nada para o desenvolvimento da narrativa. Pelo menos a loira Kara Zor-El continua encantando.
Como o arco parece feito mesmo de confrontos diretos, impossível não comentar o quebra entre Supergirl e Mulher-Maravilha, o destaque da revista. Não que seja lá grande coisa, mas é a briga de garotas que pode levantar o astral dos leitores em meio ao marasmo.
Agora é esperar a conclusão em Superman # 20, e torcer para que o roteirista Scott Lobdell acerte a mão.
Em meio a grandes expectativas sobre o atual Superman, estão a caminho novos títulos mensais, equipes criativas promissoras (com destaque para Scott Snyder e Jim Lee) e mais sagas grandiosas envolvendo todo o Universo DC.
A editora investe pesado em seus personagens centrais, mas fica a dúvida se não seria melhor menos barulho e mais planejamento direcionado a caracterização e tramas orgânicas.
Na guerra por leitores do mercado insano dos quadrinhos, continua valendo tudo, e nem sempre os fãs saem ganhando. Inferno na Terra é um desses casos. Que não sirva de exemplo e seja logo esquecido.
Classificação