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SUPERMAN # 2 - NOVOS 52

1 dezembro 2012

SUPERMAN # 2 - NOVOS 52

Editora: Panini Comics - revista mensal

Autores: Voando às cegas (Superman # 2) - George Pérez (roteiro e esboços), Jesús Merino (desenhos) e Brian Buccellato (cores);

Reunião (Supergirl # 2) - Michael Green e Mike Johnson (roteiro), Mahmud Asrar (desenhos), Dan Green (arte-final) e Dave McCaig (cores);

Acorrentado (Action Comics # 2) - Grant Morrison (roteiro), Rags Morales e Brent Anderson (desenhos), Rick Bryant e Brent Anderson (arte-final) e Brad Anderson (cores).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 64

Data de lançamento: Julho de 2012

 

Sinopse

Voando às cegas - O Homem de Aço enfrenta um inimigo que ele não pode enxergar nos céus de Metrópolis.

Reunião - A adolescente superpoderosa Supergirl encontra Superman, e a reunião entre os dois primos kryptonianos não é nada amigável.

Acorrentado - O Homem de Aço foi capturado por Lex Luthor e pelo governo norte-americano. Enquanto eles realizam testes cruéis em seu corpo, Superman busca uma forma de escapar.

Positivo/Negativo

A nova fase das revistas da DC Comics após o reboot e o lançamento dos Novos 52 prossegue no Brasil, e Superman foi um dos títulos mais beneficiados pela nova direção da editora.

Com roteiros inspiradíssimos de George Pérez e Grant Morrison, o último filho de Krypton vive sua melhor fase dos últimos tempos - em que amargou arcos sofríveis, como Solo e Reino de Apocalypse -, renascendo com energia e muita vitalidade no coração dos fãs.

Até a história da Supergirl, a mais fraca do número anterior, surge aqui mais simpática e interessante, com a promessa de uma boa nova direção para o futuro.

Pode-se dizer que esta nova fase de Superman acerta por reinventar o personagem, buscando inspiração nos autores clássicos, mas mantendo uma personalidade própria. Agora, o Homem de Aço é diferente de tudo o que já se viu, ainda que reconhecível e admirável.

A edição abre com a história assinada por George Pérez e Jesús Merino, em que o kryptoniano confronta um inimigo que ele não pode enxergar. O clima é de gibi tradicional da década de 1980, com boas caracterizações de Clark Kent e Lois Lane. Os dois agora são apenas amigos, numa interação que pouco lembra o romance de tempos passados.

Esse rompimento com as convenções preestabelecidas da mitologia do Superman é muito bem-vindo, pois não teria sentido acabar com o casamento apenas para repetir o que todos conhecem.

A narrativa de Pérez é convencional, e deve agradar em cheio os veteranos que não se conformam com as novas tendências da indústria. É impressionante como o autor apresenta Metrópolis como uma cidade moderna e bem integrada, que ganha vida por meio de seus habitantes.

Na luta entre Superman e o enigmático inimigo invisível, é a própria cidade que rouba a cena, com Lois Lane se provando mais que uma coadjuvante de luxo. É de se lamentar que Pérez tenha decidido abandonar a revista por conta de intervenções editorias, porque as histórias têm um sabor todo especial de clássico formatado para os novos tempos.

Supergirl segue mais animada nesta edição, ainda que a nova direção da personagem ainda não esteja muito bem definida. O que se vê é uma sucessão de confrontos entre a Garota de Aço e seu primo Superman, num enredo pouco desenvolvido, mas funcional.

O grande problema é que os roteiristas deverão perder muito tempo apenas na introdução da heroína na Terra, quando um avanço maior na trama seria preferível. A heroína já passou muitas de suas histórias em anos recentes revirando os mistérios de sua origem, e reviver tudo isso não parece uma boa opção.

A Supergirl é uma personagem de longa tradição nos quadrinhos da DC Comics, perfeita para explorar dramas da adolescência num contexto fantástico, mas muitas vezes os roteiristas ignoram esse potencial.

Green e Johnson até agora só investiram nas cenas de ação, com a confusão de Kara Zor-El perceptível num ambiente desconhecido. É esperado que essa sensação de isolamento prossiga por ambientações que permitam identificação maior por parte de jovens leitores. Ainda assim, a trama é bastante movimentada.

E o melhor do pacote é o texto de Grant Morrison para a série Action Comics. O roteirista até está mais contido do que de costume nessas histórias iniciais, preparando o terreno para reviravoltas futuras e montando um panorama rico em detalhes para o jovem Kal-El. O destaque é Lex Luthor, que mostra suas garras capturando o protetor de Metrópolis e ameaçando sua existência.

Quem espera do escocês um texto lembrando seu clássico Grandes Astros - Superman sai surpreso pela abordagem diferente e ousada da nova fase, e igualmente fascinante. De quebra, o roteirista começa a apresentar novos elementos da mitologia kryptoniana do herói, num prenúncio de grandes revelações.

Morrison é um dos maiores apaixonados pelo super-herói original dos quadrinhos, e este entusiasmo sobressai. Este é um ótimo momento para ser fã do Superman.

 

Classificação:

4,0

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