Superman # 22 - Novos 52
Editora: Panini Comics – Revista mensal
Autores: Pesadelo metropolitano (Superman # 18) – Scott Lobdell (roteiro), Aaron Kuder, Tyler Kirkham e Robson Rocha (desenhos), Aaron Kuder, Jaime Mendoza (arte-final) e Sunny Cho e Blonde (cores);
Olha quem voou para jantar (Superman # 29) – Scott Lobdell (roteiro), Kenneth Roccafort (desenhos) e Blond (cores);
O salto (Superman Unchainted # 1) – Scott Snyder (roteiro), Jim Lee (desenhos), Scott Williams (arte-final) e Alex Sinclair (cores).
Preço: R$ 7,20
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Abril de 2014
Sinopse
Após os eventos de Inferno na Terra, o Superman deve prestar contas de seus atos às autoridades, mas logo uma nova ameaça chama sua atenção. Jovens suicidas numa boate e amigos comportando-se de forma inacreditável apontam na direção de um perigoso ataque mental!
Superman sem limites – Uma nova rede de ação terrorista em ação no planeta requer esforço máximo do Homem de Aço, que verá questionados seu valor e suas ligações com Lois Lane e Lex Luthor.
Positivo/Negativo
Superman # 22 chegou às bancas e gibiterias fazendo barulho por trazer a estreia da série Superman sem limites, produzida pelos campeões de vendas Scott Snyder e Jim Lee.
Snyder só havia escrito o personagem antes na minissérie Projeto Superman, ligada ao evento Ponto de Ignição. Já o desenhista coreano tinha no currículo o arco de histórias Pelo amanhã, roteirizado por Brian Azzarello, e a fase da Liga da Justiça nos Novos 52, de Geoff Johns. Mas a nova parceria, ao que tudo indica, extrai o melhor dos criadores.
Outro fator digno de nota são as duas histórias assinadas por Scott Lobdell, escritor que se perdeu em meio ao crossover Inferno na Terra, mas tem aqui um reinício interessante.
É nos pontos de distinção entre este novo Superman e sua encarnação anterior que Lobdell mais se destaca, brincando com desenvoltura nesse admirável mundo novo.
A vida íntima de Clark Kent, seu emprego (no caso desemprego) de jornalista, a relação com Lois Lane, Jimmy Olsen, Perry White e Diana Prince (a Mulher-Maravilha), constituem alvo certo para a pena do autor.
Acompanhado pelo lápis de Kenneth Roccafort, Lobdell presenteia o leitor com uma viagem direta ao cotidiano do herói, ameaçado diretamente por perigosos ataques mentais.
O Novo Deus Órion também marca presença, e nada é o que parece nessa curiosa narrativa. Destaque para a proposta de Cat Grant, que junto a Clark investiria num website mesclando notícias e entretenimento. Tudo novo, tudo diferente.
Mas são mesmo Snyder e Lee que roubam a cena. Superman sem limites começa com explosões criativas e não dá espaço para mesmice e enrolação. A ação é bem direta, com diálogos afiados e ótima dinâmica de personagens.
O enredo ainda é um mistério, com os autores posicionando as peças como num tabuleiro de xadrez, pensado numerosas jogadas à frente. Jim Lee continua em boa forma, e seu traço está até melhor que na sua fase à frente da Liga. Os fãs de longa data devem ficar estupefatos a cada página. E os novatos entenderão por que ele foi tão popular desde que surgiu, na década de 1990.
O Superman pós-reboot surgiu com força impressionante, tendo Grant Morrison no comando, mas logo enveredou por enredos pouco imaginativos. Sobretudo, as histórias interligadas envolvendo o vilão H’El formaram um longo e irritante desdobramento.
Agora, contudo, a entrada de Scott Snyder e Jim Lee, bem como um Scott Lobdell mais solto e sem o peso de um crossover desnecessário, a série retorna à grandeza.
Esta edição é um ótimo ponto de partida para novos leitores, de retorno para os que haviam abandonado a revista e sinal de fé recompensada para quem resistiu aos maus momentos. Que a boa fase se estenda ainda por um longo período.
Classificação