SUPERMAN # 24
Autores: Aonde vão as cores quando desbotam? - Joe Casey (texto), Derec Aucoin (desenhos e arte-final), John Stanisci (arte-final);
Seca-Pimenteira - Joe Casey (texto) e Derec Aucoin (desenhos);
Paternidade - Steven T. Seagle (roteiro), Scott McDaniel (desenhos) e Andy Owens (arte-final).
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Novembro de 2004
Sinopse: Terminam nesta edição dois arcos que vinham se desenvolvendo nos números anteriores.
Em The Adventures of Superman, de Casey e Aucoin, resolve-se o arco de Heróipolis e Benjamin Conrad. O escritor é convocado por Superman para reescrever o final da história dos Homens Vazios.
No título Superman, de Seagle e McDaniel, enfim a nova Supergirl se apresenta ao mundo ao combater o vilão Rádion. Mais tarde, ela se anuncia filha de Clark Kent e Lois Lane.
Positivo/Negativo: Na boa, por que tanto carnaval em cima de Steven T. Seagle? Depois de enfrentar um homem com superarmadura na edição 21, um robô na 22 e um robô gigante na 23, Superman encara um vilão que é o primor do clichê: um homem-radioativo. Pior: não é piada. O autor está se levando a sério. Onde está o editor da DC?
Ao menos uma coisa muda depois do tríptico de histórias repetitivas anterior: Supergirl dá as caras. É uma personagem por ora vazia, sem charme, com design preguiçoso. Parece a Poderosa de cabelos longos e colante preto. Coitada! McDaniel está ruim de lascar. Em sua primeira aparição, a Garota de Aço é retratada com corpinho de fuzileiro!
O artista não pára por aí. Mas é na página 54 que está seu pior desenho. Lois Lane aparece com um pescoço do tamanho de uma coxa e uma testa digna de Lex Luthor. Nem Superman resiste: durante toda a aventura, está retratado com uma elegância e um porte dignos do Hulk.
Na edição em que se presta uma homenagem a Christopher Reeve, ator morto recentemente que emprestou seu estilo ao herói, ver um Superman desenhado tão toscamente é de lascar. O trabalho do ilustrador brasileiro Renato Guedes, estampado no belíssimo pôster na página central da revista, deveria servir de exemplo, se não para McDaniel, ao menos para os editores da DC!
Superman sempre foi um personagem elegante (tanto que Kent inspirou o guarda-roupa dos homens reais nos anos 50!). A enigmática capa de Kevin Nowlan também o retrata com a devida sobriedade.
Voltando às histórias, nem tudo é de dar dó. Talvez melhorado no contraste com Seagle, Casey junta pontas de histórias aparentemente soltas de uma forma gostosa.
Apesar de Aucoin retratar o Super esguio (às vezes, parece mais alien do que humano), seu trabalho é muito mais intrigante. Não chega a ser uma obra-prima, mas é uma aventura divertida, que um herói com quatro títulos mensais pode se dar ao luxo de ter.
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