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SUPERMAN # 35

1 dezembro 2005


Título: SUPERMAN # 35 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: Pelo Amanhã - Brian Azzarello (texto), Jim Lee (desenhos) e Scott Williams (arte-final);

Bateria - Greg Rucka (texto), Matthew Clark (arte) e Nelson (arte-final);

Superman versus Gog - Chuck Austen (texto), Ivan Reis (desenhos) e Marc Campos (arte-final).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Outubro de 2005

Sinopse: Superman continua revendo seus atos recentes em uma conversa com um padre em Pelo Amanhã.

Bateria mostra Clark Kent realocado, agora como repórter setorista da Unidade de Crimes Especiais de Metrópolis. E, de cara, ele enfrenta o vilão Replikon.

Em Superman versus Gog, o fim do enfrentamento entre os dois personagens é trágico.

Positivo/Negativo: O mercado de quadrinhos norte-americano, muitas vezes, é um mistério profundo. E Pelo Amanhã é uma prova disso. A história desta edição corresponde ao terceiro número da série nos Estados Unidos - aqui, a Panini pôs os dois primeiros capítulos em Superman # 34. E, até agora, um quarto da trama se passou e nada aconteceu de fato.

Há, sim, um grande enigma no enredo de Brian Azzarello. Mas na verdade não há como não ter: o autor simplesmente não contou o que está acontecendo.

Se começassem a fazer um desenho de Popeye que se passa no mundo futurista dos Jetsons, sem nenhuma explicação, qualquer um "boiaria". Se, do nada, o leitor acordasse com Angelina Jolie ao seu lado, chamando-o de fofinho, também soaria esquisito à beça. Então é isso: o roteiro de Azzarello provoca um grande estranhamento. Mas só porque ele realmente é estranho. A essas alturas da série, pode ser também mais do que isso: ruindade, pura e simples, não pode ser descartada.

Azzarello é um bom autor, mas aqui parece vítima do sistema de publicação norte-americano. Pôr um ser quase divino como Superman a conversar com um suposto representante do Deus cristão pode render uma história bastante bacana. Mas fazer isso mês a mês, e com uma certa necessidade de mostrar combates e inimigos, não é a melhor saída. Uma edição especial talvez fosse mais adequada.

De resto, ainda parece desperdício usar Lee em uma história mais introspectiva e lenta. Ele é um desenhista de anatomia moldada a esteróides. Faz gadgets bastante intrigantes. Retratar longos diálogos não é sua praia. E a trama em questão tem 14 páginas de falatório.

No fim das contas, Azzarello e Lee - a dupla mais badalada da nova fase do Homem de Aço - é a mais fraquinha.

Rucka e Clark, que estréiam nesta edição, produzem um material bem mais interessante. Ok, é só o começo, e não é um impressionante, mas a premissa é bacana: o premiado Clark Kent vai trabalhar com a "escória do jornalismo" (este é o tratamento que os autores dão aos jornalistas que cobrem a UCE, apesar de todo mundo saber que boa parte dos melhores repórteres cobrem polícia).

Já o Superman de Austen tem uma aventura empolgante, coisa típica de super-herói. O problema é que a caracterização do personagem é fraquinha. Não parece o Homem de Aço, mas sim um Homem-Aranha. Além disso, o herói ter o apêndice desenvolvido também foi estranho demais. Sorte que os desenhos de Ivan Reis compensam essas bobagens.

 

Classificação:

4,0

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