SUPERMAN # 36
Título: SUPERMAN # 36 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Pelo Amanhã - Brian Azzarello (texto), Jim Lee (desenhos) e Scott Williams (arte-final);
Bateria - Parte 2 - Greg Rucka (texto), Matthew Clark (arte) e Nelson (arte-final);
Bateria - Parte 3 - Greg Rucka (texto), Renato Guedes (arte) e Edde Wagner (arte-final);
Tantos Inimigos quanto Grãos de Areia - Chuck Austen (texto), Ivan Reis (desenhos) e Marc Campos (arte-final).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Novembro de 2005
Sinopse: Em Pelo Amanhã, Superman conta a um padre sobre um enfrentamento dramático com Equus e o general Nox.
Bateria traz as conseqüências da morte de Replikon, na edição anterior. E mais: um novo Replikon. Como se não bastasse, Lois Lane vai à guerra e deixa a Mulher-Maravilha tomando conta do Homem de Aço.
Tantos Inimigos Quanto Grãos de Areia dá seqüência à luta com Gog. Ao saber da fragilidade do Homem de Aço, uma legião de vilões resolve enfrentá-lo.
Positivo/Negativo: Ufanismos à parte, esta edição tem metade da arte feita por brasileiros. Enquanto Renato Guedes e Edde Wagner substituem a equipe original em Adventures of Superman, Ivan Reis e Marcelo Campos continuam o trabalho admirável em Action Comics.
Contrastados com Clark e Nelson, Guedes e Wagner mostram uma capacidade de dar contornos mais humanos aos personagens: seus cabelos parecem reais, seus olhares são verossímeis, as expressões passam sentimento. Pena que foi só por uma edição.
Fica até chato pôr a arte deles ao lado de Jim Lee. Ok, o sujeito é um vendedor de revistas extraordinário, sabe fazer efeitos especiais com nanquim, não foi de todo ruim com a saga Silêncio, em Batman, mas ainda não disse a que veio no Superman lento, superdialogado e quase minimalista de Brian Azzarello.
É o que já foi dito nos reviews anteriores: é um desperdício usar as (poucas) habilidades de Lee nessa história. Ela mal dá espaço para um artista como ele se destacar. Sua capacidade de desenhar tecnologia e bizarrices é explorada apenas no monstruoso Equus e, nas últimas páginas, em uma arma boba chamada Sinalizador.
O roteiro de Azzarello, por sinal, começa a fazer mais sentido agora. Melhor se não fosse assim: a não ser que ele dê uma grande reviravolta, a trama tende a ser banal. De tão simplória, a impressão que se tem é de que o autor de 100 Balas deu bonequinhos para uma criança de cinco anos brincar e resolveu contar a história que ela criou. Por sinal, como Superman conta ao padre.
Em compensação, Chuck Austen melhorou bastante. Sem piadinhas, com um bom blefe de um Superman demolido (página 90) e com um final bastante intrigante, a história está bem acima do nível médio da saga anterior.
Já Rucka, cujo título começou uma edição após os dois demais, ainda está delimitando seu território. A série iniciada na edição anterior tem uma ótima premissa (Clark Kent é rebaixado a setorista da delegacia), mas os desdobramentos seguem por caminhos interessantes: a chefe de polícia passa uma cantada no Homem de Aço, o herói é acusado de assassinar Replikon (que é controlado por um vilão), Lois vai para a guerra e deixa rastros de um possível amante...
Ou seja: tem enredo aí pra meses e meses de boas aventuras.
Só uma correção: diferentemente do que está escrito na revista, as capas de Adventures of Superman reproduzidas no miolo não são de Gene Ha, e sim de Matt Wagner e Doug Mahnke.
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