SUPERMAN #4
Título: SUPERMAN #4 (Panini Comics) - Revista mensal
Autores: Super-Homem - Joe Casey, Joe Kelly & Jeph Loeb (argumentos), Derec Aucoin, Duncan Rouleau, Ed McGuinness & Kevin Maguire (desenhos) e Marlo Alquiza & Cam Smith (arte-final);
Mulher-Maravilha - Phil Jimenez & J. M. DeMatteis (argumentos) Phil Jimenez (desenhos) e Andy Lanning (arte-final).
Data de lançamento: Março de 2003
Preço: R$ 7,50
Sinopse: Super-Homem - Um submarino russo é avariado, e toda a tripulação fica presa no fundo do mar. A esperança de resgate é praticamente nula, não fosse pelo Homem de Aço, que salva a todos e conhece, assim, o Capitão Gussev.
Na segunda aventura, Bizarro está de volta. Clark Kent é enviado até o Paquistão para cobrir a festa que o líder daquele país, General Zod, está dando para comemorar a vitória da Terra contra a invasão de Imperiex. Mas essa festividade de aparências não esconde o temor que o Super-Homem tem do vilão, nem suas verdadeiras intenções.
Por fim, uma história de natal. Super-Homem recebe, através do Planeta Diário, vários e-mails com pedidos de ajuda. Mas Metallo e um novo Homem dos Brinquedos (inspirado em mangás, animês e seriados japoneses) travam uma batalha gigante. Literalmente.
Mulher-Maravilha - A Princesa Amazona e Batman começam a revidar à investida dos deuses do Terror, Medo e Discórdia.
Para ajudá-los, Robin e a Garota-Maravilha entram no combate, mas, quando a vitória estava próxima, Maxie Zeus interfere e dá a chance dos deuses voltarem a tomar o controle, passando, inclusive, a dominar o Homem Morcego.
Positivo/Negativo: A quarta edição de Superman começa com uma mudança logo na capa, com a ótima arte de Adam Hughes ganhando merecido destaque. É estranho não ver o personagem que dá nome à série na capa, mas, nesse caso, é justificável.
O estilo da primeira história é algo muito interessante para se explorar com o Super-Homem, e deveria ser seguido com mais freqüência pela DC Comics. Acostumados a apresentar o personagem em situações fantásticas, desta vez os criadores aproximam o Homem de Aço do mundo real.
O acidente com um submarino russo, que realmente aconteceu, é o ponto de partida da trama, que acaba provocando reflexões no herói. Essa é uma linha que Joe Casey procurará explorar mais no futuro.
Curioso que o mesmo tema foi abordado mês passado em outra publicação, Marvel Millennium #14, na aventura dos X-Men.
Já a trama seguinte dá uma guinada de 180 graus. Bizarro está de volta, e coloca a revista de cabeça para baixo. Ou seria de trás para frente? Esta versão do vilão foi criada para ser a antítese do Super-Homem de uma maneira, digamos, maluca, inclusive falando tudo ao contrário.
O escritor Joe Kelly usou isso e, inspirado no ótimo filme Amnésia (que é contado a partir do seu final, cuja tradução não corresponde à idéia da trama, e título original é Memento), narra a história a partir de seu fim. Um recurso que acaba não sendo bem utilizado.
O ideal é ir até o final da história, e ler de trás para frente, como um mangá. A diferença em relação aos quadrinhos japoneses é que a ordem de leitura em cada página permanece da esquerda para a direita.
Mais uma curiosidade aqui: nas primeiras páginas (ou últimas, dependendo do ponto de vista), aparece um personagem que subtende-se que seja Guy Gardner morto, com uma aparência bestial. É, parece que não falta mais nada a fazer com o pobre ex-Lanterna Verde.
Ainda nessa aventura, batizada de Demento, a Panini coloca erradamente os créditos da edição original. Na verdade, a aventura corresponde ao título Action Comics # 785 e não # 177, como saiu..
A seguir, Loeb faz uma história de natal com o Homem de Aço recebendo vários e-mails com pedidos. Um tema que já foi abordado outras vezes, e melhor! Nos créditos dos criadores, um pequeno erro. Como são dois desenhistas diferentes, estão especificadas quais páginas cada um deles fez. Mas, como a numeração da edição brasileira é diferente da original, faltou trocar.
Finalmente, em Mulher-Maravilha, Diana e Batman continuam suas lutas. É uma boa trama, mas está parecendo se estender demais. A impressão é de que tudo o que aconteceu até aqui poderia ter sido contado em duas partes, em vez de três.
Classificação: