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SUPERMAN # 40

1 dezembro 2006


Título: SUPERMAN # 40 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: Pelo Amanhã - Brian Azzarello (texto), Jim Lee (desenhos), Scott Williams, Richard Friend e Sandra Hope (arte-final);

O Repossessor - Chuck Austen (texto), Ivan Reis (desenhos) e Marc Campos (arte-final);

Estrada para Ruína - Greg Rucka (texto), Rags Morales (arte) e John Dell (arte-final).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Março de 2006

Sinopse: Em Pelo Amanhã, Superman e Mulher-Maravilha se enfrentam na Fortaleza da Solidão.

O começo da saga O Repossessor traz um vilão que ameaça os Kent em Smallville sem saber que enfrentará uma família cheia de heróis. Enquanto isso, Lois e Lana se desentendem.

E Ruína mostra saber tudo sobre o Homem de Aço. Para combatê-lo - e evitar outra tragédia como a de Crise de Identidade -, Superman convoca Diana e Batman.

Positivo/Negativo: Demorou, mas a ladainha em que Azzarello transformou sua fase no Homem de Aço finalmente chegou a algum lugar. Tudo bem que não é nada espetacular, porém, perto do que se lia no começo da série, a história desta edição é bem bacana.

Azzarello acertou no tom e mesclou seus diálogos com uma boa dose de ação. A batalha com a Mulher-Maravilha mostra bem isso. Não é 100 Balas, claro. Mas também está longe da porcaria completa do início.

O começo também ficou interessante, com um Superman refletindo sobre a Fortaleza da Solidão ao lado do padre Leone. O texto é uma fala do Homem de Aço, mas a imagem é da Mulher-Maravilha, que está invadindo a base kryptoniana na Antártida. E tudo fecha, parecendo que os dois compartilham o mesmo pensamento.

O fato de a Fortaleza da Solidão ser um cenário tecnológico fez com que a escolha de Jim Lee como artista da série finalmente faça sentido. Ele tem mais vocação para desenhar apetrechos modernosos a qualquer outra coisa, como se viu recentemente em Batman - Silêncio.

As duas primeiras histórias do arco O Repossessor marcam a saída súbita de Chuck Austen de Action Comics. O autor, polêmico, foi amaldiçoado na internet nos Estados Unidos - coisa que se repete por aqui, por sinal. Ele já havia atraído a ira dos fãs de X-Men porque teria transformado a franquia em um novelão.

Com Superman, abusou do tom humorístico nas falas do personagem. Ok, ele tinha seus altos e baixos. Ok, quando era baixo, era bem baixo - como nesta edição, em que Lois Lane encontra uma calcinha de Lana Lang no apartamento do Homem de Aço. Mas a verdade é que estava longe de ser o pior roteirista do herói - título que foi disputado a tapas nos últimos anos.

O monstro nerd que não gosta de caras bem-sucedidos, por exemplo, é um personagem com bom potencial para ser explorado. Afinal, é uma brincadeira com os próprios leitores da internet, que acusam Superman de ser um herói sem identificação com o público. Por sinal, as duas últimas histórias não foram ruins.

A fase de Austen foi cortada pela metade quando tinha bastante coisa plantada. Havia um Apokalypse solto e o Caçador de Marte estava preso por Preus numa tentativa de atrair Superman para uma armadilha. A continuação será escrita por J. D. Finn - um autor trabalhando sob pseudônimo.

Em uma entrevista recente, Austen declarou acreditar que o editor do título norte-americano, Eddie Berganza, é Finn.

A propósito: os brasileiros Reis e Campos fazem um trabalho excepcional na arte de Action Comics.

Numa edição de histórias acima da média do título, é Greg Rucka quem dá um banho. Ao lado do desenhista de Crise de Identidade, faz o primeiro arco de Superman interligado com a série.

Ruína surge como um vilão que sabe tudo sobre o Homem de Aço: identidade secreta, fraquezas e como seus poderes funcionam. Sabe até que a capacidade de absorver luz solar aumenta com o estresse, e usa isso a seu favor. E ameaça parentes e amigos do herói.

Com medo de ver se repetir o que aconteceu com o Dr. Luz em Crise de Identidade, Superman vai atrás de Batman e Mulher-Maravilha para pedir ajuda. E o clima de segredos revelados continua, com o Homem de Aço contando que sabia de tudo.

Só é estranho que, pelo que se vinha adotando a respeito dos poderes de Superman, o herói absorveria seus poderes da luz do sol amarelo, mas outras radiações, nem mesmo a vermelha, não seria capazes de deixá-lo mais fraco.

Outro detalhe, desta vez por conta da falta de sincronia cronológica entre os títulos, é que a aparição da Mulher-Maravilha acaba entregando um momento importante do título da personagem - que será mostrado apenas em Superman & Batman, que sai no fim do mês.

 

Classificação:

4,0

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