Título: SUPERMAN # 44 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: A Jornada - Mark Verheiden (texto), Ed Benes (desenhos) e Rod Reis (arte-final);

Atratores Estranhos - Gail Simone (texto), John Byrne (desenhos) e Nelson (arte-final);

Lex Luthor: O Homem de Aço - Brian Azzarello (texto) e Lee Bermejo (arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Julho de 2006

Sinopse: Em A Jornada, Superman constrói uma nova Fortaleza da Solidão na selva do Peru. Lois Lane e Jimmy Olsen vão para a região e encontram o amigo. Mas um Omac aparece para complicar a vida do herói.

Em Atratores Estranhos, um delírio do Dr. Polaris ameaça Metrópolis.

E, na estréia de sua série, Lex Luthor se prepara para inaugurar a Torre da Ciência de Metrópolis.

Positivo/Negativo: A Panini pôs nas bancas na semana de estréia de Superman - O Retorno uma versão totalmente reformulada da revista do Homem de Aço. E, a despeito de todas as diferenças entre o personagem nas telas e nos quadrinhos, a editora parece ter encontrado um mix capaz de atrair eventuais novos leitores atraídos pelo longa-metragem.

Há duas histórias fechadas que dão início à nova fase do herói e mais um começo de série bastante promissor. Além disso, as aventuras podem captar os atuais leitores, porque apresentam interligação com os eventos que antecedem a Crise Infinita.

Em A Jornada, por exemplo, Verheiden e a dupla artística brasileira mostram um confronto com um Omac. A trama também tem certa importância para a cronologia do herói, pois apresenta a mudança da Fortaleza da Solidão para o Peru. Todos esses elementos estão bem costurados em uma narrativa ágil e objetiva.

John Byrne, que reformulou brilhantemente o herói nos anos 80, volta a desenhá-lo nesta edição. Mas, desta vez, o roteiro não é dele, e sim de Gail Simone. A história, em duas partes, traz uma nova vilã, que se revela um delírio do Doutor Polaris. Assim como se viu com o Charada em Batman, Polaris é mais um vilão de segunda linha que ganha uma versão bem mais perigosa.

É curioso reparar que as duas histórias da nova fase de Superman tentam mostrá-lo como um herói global, que passa por diversos países, incluindo o Brasil - e o leitor descobre que Lois Lane é fã de um café do Ceará!

Por fim, parece que Azzarello, de 100 Balas, que micou a série Pelo Amanhã, acertou o tom na série de Luthor. O vilão começa com uma faceta humana demais, conversando com o faxineiro da Lexcorp, e a história acaba antagonizando Superman como um alienígena estranho.

A arte de Bermejo, como sempre, é sensacional. O artista faz um uniforme com relevo para o Homem de Aço - que é um misto daquele traje que se vê no filme e das vestes do Capitão América de Os Supremos.

Mas o grande destaque ainda é o texto. Azzarello cria uma situação que facilmente poderia ser transposta para um palco, como se fosse uma peça de teatro em quadrinhos.

Superman # 44 é uma edição bastante acima das anteriores. Se a nova fase continuar nesse nível, parece que o Homem de Aço finalmente terá uma revista capaz de encantar seus leitores.

 

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