SUPERMAN # 45
Título: SUPERMAN # 45 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Poder - Mark Verheiden (texto), Ed Benes (desenhos) e Alex Lei, Rob Lea e Mariah Benes (arte-final);
Inocente? - Greg Rucka (texto) e Karl Kerschl (arte);
Lex Luthor: O Homem de Aço - Brian Azzarello (texto) e Lee Bermejo (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Agosto de 2006
Sinopse: Em Poder, um programa de TV trata Superman como uma ameaça. Em seguida, o vilão Blackrock o ataca, atingindo o Planeta Diário e toda Metrópolis. Mas os eventos estão estranhamente relacionados.
Inocente? retoma o arco de Ruína e traz Peter Ross preso em Alcatraz Meta, alegando inocência ao amigo Clark Kent. Mas, mais uma vez, forças externas - no caso, um Omac - influenciam na vida do ex-presidente, atacando a prisão e libertando os irmãos Parasita.
Na série dedicada a Lex Luthor, o empresário vai a Gotham City para tentar um acordo com o playboy bilionário Bruce Wayne.
Positivo/Negativo: A quatro meses da mini Crise Infinita, o Universo DC entra em processo de Big Crunch. Na astronomia, este o nome dado ao processo reverso do Big Bang, ou seja, forças de coesão começam a unir o cosmos rumo a um único ponto.
A mesma coisa acontece com esses gigantescos crossovers: quando a mini eclodir, todo o núcleo da DC estará centralizado em um único título.
Metade da revista Superman de agosto está nesse processo. Das quatro histórias, duas são diretamente interligadas à série Contagem Regressiva para a Crise Infinita e apresentam os Omacs interferindo na vida do Homem de Aço.
Inocente?, de Rucka, mostra mais uma vez que o autor é um dos melhores roteiristas da DC dos últimos anos. A saga dos Parasitas e de Pete Ross vem se desenvolvendo com histórias quase sempre acima da média - e a consistência só tem aumentado.
Em compensação, Poder não consegue escapar da sina das tramas ligadas a crossovers: é um caça-níqueis que se aproveita da ansiedade dos leitores em relação à grande saga.
Com duas partes publicadas na edição, Lex Luthor: Homem de Aço é definitivamente o melhor da edição. Azzarello, que decepcionou ao escrever Superman na confusa Pelo Amanhã, se redime com uma série sobre um Luthor mais humano.
O tom discursivo que não funcionou com Superman é perfeito para Luthor - e de fato o autor parece lidar melhor com um personagem humano sem moral, mais próximo de sua série autoral 100 Balas. Sua abordagem de Bruce Wayne é fascinante: expansivo e canastrão, o alter ego de Batman soa um disfarce melhor que o biliardário sisudo de outros autores.
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