Título: SUPERMAN # 45 - Edição Especial Colorida (Ebal) - Revista mensal

Autores: O Bebê de Aço, Miss Robinson Crusoé e A Namorada do Super-Homem - Monteiro Filho (capa), Wayne Boring (desenhos) e Stan Kaye (arte-final).

Preço: CR$ 5,00 (preço da época)

Número de páginas: 32

Data de lançamento: junho de 1951

Sinopse: Na primeira história, ao fugir do Super-Homem (nas revistas da Ebal o nome "Superman" só era usado na capa) num balão, depois de um frustrado assalto a banco, o Galhofeiro descobre a fonte da juventude. Então, arquiteta um plano mirabolante para ficar rico: transforma várias celebridades em crianças e depois lhes vende o antídoto para que voltem a ter a sua idade correta.

Ao tentar transformar Míriam Lane (o nome "Lois" só passou a ser usado no Brasil pela Abril nos anos 80) em criança, sem querer o faz com Clark Kent, ou seja, o próprio Super-Homem, que vira o Super-Bebê.

Depois de muitas reviravoltas, o herói faz com que o vilão revele onde guardou o antídoto, fazendo-o acreditar que também virou criança.

Em Miss Robinson Crusoé, o Planeta Diário promove um teste numa ilha deserta para descobrir quem se sai melhor sob condições extremas, o homem ou a mulher. Claro que os escolhidos para a tal prova são Clark Kent e Míriam Lane.

O Super-Homem tenta ajudar Míriam, mas ela recusa, a princípio. No meio de tudo isso, um barco cheio de animais selvagens que ia para um zoológico naufraga na tal ilha e isso aumenta ainda mais a confusão.

Por fim, Lane aceita a ajuda do Homem de Aço, e ainda por cima convence os juízes que foi a vencedora, pois a "maior força da mulher reside em sua habilidade em conseguir ajuda do homem".

Na história A Namorada do Super-Homem, Míriam lane arranja uma nova amiga, Peggy Wilkins, que se interessa bastante por Clark Kent, o que não causa problemas, já que a repórter ama o kryptoniano e gosta do colega de redação apenas como amigo.

Mas, durante um leilão, Peggy compra uma estatueta que interessava a uma quadrilha de bandidos e passa a ser alvo dos meliantes. Ao ser salva diversas vezes pelo Super-Homem, causa uma crise de ciúmes em Miriam, que começa a arriscar a vida inutilmente para conseguir a atenção do herói outra vez.

Positivo/Negativo: Embora já houvesse Seleções Coloridas (mas era uma co-edicão com a Editorial Abril de Buenos Aires, sendo inclusive impressa na Argentina), esta foi a primeira revista colorida da Ebal. E também a única durante 18 anos.

Ao que consta, não foi o sucesso que se esperava, talvez por ser cara para a época, fazendo com que o projeto de edições regulares coloridas fosse adiado por um bom tempo.

Nem por isso, as tiragens baixaram e a revista do Homem de Aço vendia cerca de 150 mil exemplares facilmente, coisa que hoje seria um assombro.

As histórias da edição trazem o retrato fiel da sociedade dos anos 50, em tramas ingênuas, porém reveladoras e muitíssimo divertidas. Alguém consegue imaginar hoje que uma pessoa fique infeliz por deixar de ter 40 anos e passar com um gole de água a ter o corpo de uma criança, mantendo sua mente intacta? Quem não ia querer um pouco desse negócio?

Infelizmente, nessa época as aventuras não eram creditadas. As histórias podem ser de France Herron, Otto Binder, Ed Hamilton ou mesmo Bill Finger, os principais escritores de então. Mas não dá para ter certeza.

Os desenhos são de Wayne Boring, com seu principal parceiro Stan Kaye. O artista foi o responsável pelo traço do Super-Homem desde o início dos anos 40 até quase o final da década de 1960, algo também inimaginável hoje.

Esta edição é raríssima e difícil de achar em sebos, mas várias histórias da época têm sido reeditadas pela DC em coletâneas. E são muito mais agradáveis de ler do que o lixo que virou a revista do Super-Homem ultimamente.

 

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