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Reviews

SUPERMAN # 46

1 dezembro 2006


Título: SUPERMAN # 46 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: Toque - Mark Verheiden (texto), Ed Benes (desenhos) e Alex Lei, Rob Lea e Mariah Benes (arte-final);

Fim da Identidade - Gail Simone (roteiro), John Byrne (desenhos) e Nelson (arte-final);

Lembranças - Greg Rucka (texto), Karl Kerschl, Derec Donovan, Cam Smith e Sean Parsons (desenhos);

Sacrifício - Greg Rucka (texto), Rags Morales, David Lopez, Tom Derenick, Georges Jeanty e Karl Kerschl (arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Setembro de 2006

Sinopse: Superman começa a ter visões de Lois Lane e outras pessoas próximas ameaçadas por seus maiores inimigos. Mas, às vésperas da Crise Infinita, nem tudo que se vê pode ser verdade.

Positivo/Negativo: Com a aproximação da Crise Infinita, o Universo DC vem se tornando cada vez mais coeso - o que é natural, afinal de contas, uma série desse porte tem que tentar dar conta de centenas de personagens interagirem ao máximo com um mínimo de incongruências.

As quatro histórias deste número formam um único arco, Sacrifício, que une três títulos do Homem de Aço com o da Mulher-Maravilha, com participação de heróis da Liga da Justiça e integração com a série Projeto Omac, publicada atualmente em Contagem Regressiva para a Crise Infinita.

O impacto que Sacrifício causa na mitologia do Universo DC é de fato incontestável - mas convém nem comentar qual é, mesmo com o alerta de spoiler que rege a seção de reviews do Universo HQ.

O que importa é que a cena final, marcante e intensa, é consistente e coerente com o que o autor Greg Rucka vem armando nos últimos meses em diversos títulos em que pôs as mãos. Quando o momento crucial chega, por mais chocante que seja, ele provoca espanto, mas de forma alguma estranhamento.

A cena ocupa duas páginas da revista e, claro, põe Superman # 46 no rol das revistas imperdíveis dos últimos meses.

Mas, como a maior parte das HQs de super-heróis, regidas por cronologias e mitologias, ser imperdível não quer dizer que a história é sensacional. Uma coisa é diferente da outra. Isso é ainda mais evidente em um ramo do mercado em que narrativas são retalhadas em aventuras de 22 páginas escritas por vários autores e, mais ainda, desenhadas por diversos artistas.

Sacrifício é uma boa história, mas se baseia em delírios, o que ajuda a justificar deslizes (narrativas de delírio não têm compromisso com nada). Mais da metade das 96 páginas é calcada pelo recurso de se fazer mistério em cima dos devaneios do Homem de Aço.

Há, então, combates molengas entre grandes algozes que surgem do nada, cercados de elementos tão inconsistentes quanto bobos (a Lois Lane dominada por Darkseid é patética). E isso tudo realmente ocupa páginas demais com cenas fracas à beça. Ainda se os autores aproveitassem o descompromisso dos delírios para fazer momentos grandiosos, vá lá. Mas, definitivamente, não é o caso.

Por outro lado, o descontrole do Homem de Aço - uma caixa de Pandora da DC - acaba subexplorado na trama. Caramba, é o herói mais poderoso do universo, um mito quase divino, descontrolado e perturbado pela visão realista da morte de seus mais queridos amigos, e isso, que deveria ser monumental, simplesmente não é.

Definitivamente, faltou disposição para os autores transformarem um punhado de cenas imperdíveis em uma história imperdível - e isso, de novo, são coisas completamente diferentes.

 

Classificação:

4,0

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