Título: SUPERMAN # 47 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Fragmentação - Greg Rucka (texto), Karl Kerschl, Carlos D'Anda, Rags Morales (desenhos), Cam Smith, Carlos D'Anda e Wayne Fraucher (arte-final);

Lar - Mark Verheiden (texto), Tony S. Daniel (desenhos) e Mario Alquiza (arte-final);

A Alta Sociedade - Gail Simone (texto), John Byrne (desenhos), Nelson e Larry Strucker (arte-final);

Lex Luthor: O Homem de Aço - Brian Azzarello (texto) e Lee Bermejo (arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Outubro de 2006

Sinopse: Fragmentação - Superman revive os momentos da morte de Maxwell Lord e começa a enfrentar a si mesmo encarando Batman e Lois Lane.

Lar - Aço vai até as ruínas da Fortaleza da Solidão, no Pólo Norte, e vê o Erradicador se libertar. Superman e Superboy voam para ajudá-lo, mas o combate terá um lutador inesperado - um OMAC.

A Alta Sociedade - Alinhados com a Sociedade dos Vilões, Doutor Psycho e Adão Negro recrutam o Estilhaço para provocar um grande caos em Metrópolis.

Lex Luthor: O Homem de Aço - Hope, a heroína da Lexcorp, conquista o coração dos habitantes de Metrópolis.

Positivo/Negativo: A trama da Contagem Regressiva para a Crise Infinita tem feito bem ao título do kryptoniano. A revista, que historicamente mantém um tom morno, ganhou fôlego ao dar a seu protagonista problemas maiores do que ele pode enfrentar sozinho. Além disso, a série Lex Luthor: O Homem de Aço, situada cronologicamente antes dos eventos da minissérie, é excelente.

Nos últimos meses, o maior problema de Superman no Brasil é justamente
o modelo de publicação do mercado norte-americano. Na edição
anterior, a história se arrastou por tempo demais por conta do formato
fixo de histórias de 22 páginas.
Agora, o leitor encara dez páginas de retrospectiva que rememoram justamente a última história de Superman # 46 - que, nos Estados Unidos, saiu na revista Wonder Woman e, portanto, é retomada aqui para que os leitores norte-americanos dos supertítulos que não acompanham a Mulher Maravilha não perdessem o fio da meada do Homem de Aço.

Para quem lê a versão brasileira de Superman, são dez páginas totalmente dispensáveis - ainda mais porque a Panini publicou na capa interna um Planeta Diário rememorando os fatos de forma mais detalhada.

Passada a retrospectiva, a revista flui muito melhor. Na mesma história, as três últimas páginas, feitas com diálogos entre um Batman esfacelado e uma Lois Lane profundamente amorosa, mostram um Superman fragilizado e perdido. É estarrecedor.

Em Lar, Verheiden pega o gancho do descontrole do Superman e o reúne ao Superboy, que, sob o controle de seu pai, Lex Luthor, tentou recentemente matar seus colegas de equipe em Novos Titãs. Os dois personagens em frangalhos enfrentam um antigo inimigo, ligado ao nascimento de Kon-El e à ressurreição de Kal-El nos anos 90.

A seguir, Gail Simone leva para Action Comics, seu supertítulo mensal, as conseqüências da minissérie Vilões Unidos, seu quinhão em Contagem Regressiva para a Crise Infinita.

Na série, a autora mostra os bastidores da reunião dos maiores vilões do mundo, com um resultado até agora pífio. Mas aqui, ela traz à tona algumas das conseqüências da articulação entre os poderes de bandidos de terceiro escalão. É uma aventura bacana, ágil, cheia de reviravoltas - mesmo com um John Byrne fora de forma.

A minissérie Lex Luthor: O Homem de Aço é definitivamente a redenção de Brian Azzarello depois de sua passagem lamentável pelo Homem de Aço. A série é quase um monólogo de Luthor, com um texto pesado e bem construído, dando ao empresário um ar magnânimo, soberbo e maquiavélico.

Perdida no meio de uma revista mensal, a história - que se encerra na próxima edição - está no nível das melhores séries do universo do Homem de Aço nos últimos anos. Definitivamente, não poderia passar batida.

 

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