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Superman # 5 - Novos 52

8 março 2013

Superman # 5 - Novos 52Editora: Panini Comics - Revista mensal

Autores: Ameaça (Superman # 5) - George Pérez (roteiro), Nicola Scott (desenhos), Trevor Scott (arte-final) e Brett Smith (cores);

Volta ao lar (Supergirl # 5) - Michael Green e Mike Johnson (roteiro), Mahmud Asrar (arte) e Dave McCaig (cores);

A canção do foguete (Action Comics # 5) - Grant Morrison (roteiro), Andy Kubert (desenhos), Jesse Delperdang (arte-final) e Brad Anderson (cores).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 64

Data de lançamento: Outubro de 2012

Sinopse

Superman - Em meio a ameaças diversas à cidade de Metrópolis, o Homem de Aço ressurge com uma nova atitude, instinto assassino e nenhum respeito pela sociedade.

Supergirl - Kara Zor-El aprende a dolorosa verdade sobre suas origens por meio de uma mensagem postada pelo seu pai, Zor-El, e deve enfrentar uma nova inimiga.

Action Comics - Os últimos dias do planeta Krypton, quando o cientista Jor-El e sua esposa Lara enviam para a Terra o seu único filho. E numa fazenda do Kansas, a criança é encontrada por Jonathan e Martha Kent. É uma nova visão sobre a origem do Superman, mas não da forma que todos conhecem.

Positivo/Negativo

Meses após a estreia da nova fase das aventuras do Superman e de todo o Universo DC, com o reboot completo promovido pela editora, nota-se que a investida foi bem-sucedida, mas que nem todos os títulos mantêm o nível de qualidade esperado.

Entre as 52 novas séries, poucas justificam todo o barulho. Para a alegria dos fãs, todavia, os dois títulos do Homem de Aço, com roteiros de George Pérez e Grant Morrison, estão entre os melhores da nova safra da "Editora das Lendas", fugindo do óbvio e apostando na inventividade, conferindo ao personagem a direção segura e bem definida que estava fazendo falta.

Mesmo as aventuras da Supergirl, heroína problemática, cujo potencial quase sempre é desperdiçado, parecem ter encontrado o foco. Assim, não há mais limites para os dois filhos de Krypton.

O novo Superman de George Pérez, que conta com ilustrações da talentosa Nicola Scott, pode não ter nada de revolucionário na abordagem, mas é direto e bem escrito. O roteirista tempera seus textos com caracterizações acertadas no elenco de coadjuvantes, especialmente os jornalistas do Planeta Diário, Lois Lane e Jimmy Olsen.

Os duradouros relacionamentos de amor e amizade entre Clark Kent e seus colegas de trabalho foram substituídos por um novo status quo, cheio de surpresas e nuances diferentes.

Verdade que muitos leitores veteranos podem sentir falta do casamento do Superman com Lois Lane, mas as situações apresentadas por Pérez justificam a mudança. Além do mais, o reboot deve proporcionar justamente o elemento de ousadia e ineditismo que vem marcando a atual fase do herói. No caso, por meio das relações entre personalidades distintas e uma nova atitude para o kryptoniano.

Novamente, na história da Supergirl, os escritores Michael Green e Mike Johnson enfocam as origens da personagem, a tragédia de Krypton e as reações da heroína perdida na Terra.

A Garota de Aço ainda é o elo mais fraco da corrente de histórias do universo de Krypton entre os Novos 52, pelo fato de requentar o passado em vez de seguir em frente. Os desenhos de Mahmud Asrar, por outro lado, são cheios de vida e funcionalidade.

Por fim, Action Comics, de Grant Morrison com desenhos de Andy Kubert, prossegue como o grande destaque da revista, por motivos diversos. Tempos atrás, na minissérie Os Escapistas, o talentoso roteirista Bryan K. Vaughan disse por meio de seu personagem que não existem novos conceitos, apenas novas execuções.

Acreditando ou não nessa afirmação, o fato é que a história da chegada do pequeno Kal-El à Terra está entre as mais conhecidas do mundo dos quadrinhos, e aqui Morrison reinventa todas as situações da viagem numa narrativa encantadora.

Dos momentos finais de Krypton - com a presença do cão Krypto - até o clímax com convidados especiais, a trama do escocês é imprevisível e envolvente. A grande sacada do autor é contar sua história com a narração do foguete espacial kryptoniano, como nunca antes na trajetória do super-herói. Tudo isso com dinamismo, fluência e domínio da linguagem.

As ilustrações de Andy Kubert estão à altura do texto, e o desenhista se revela um bom substituto para o artista regular do título, Rags Morales. É o Superman reinventado por autores cheios de paixão e talento, mostrando todo o potencial da nova DC.

Classificação

3,5

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