SUPERMAN # 57
Título: SUPERMAN # 57 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Para o alto, e avante! -Geoff Johns, Kurt Busiek (texto) e Pete Woods (arte);
Grande garota, mundo pequeno - Joe Kelly (texto), Ian Churchill (desenhos) e Norm Rapmund (arte-final);
Kryptonita - Darwyn Cooke (texto) e Tim Sale (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Agosto de 2007
Sinopse: Para o alto, e avante! - Luthor usa uma nave feita com Pedra Solar, um cristal de Krypton que assume qualquer forma, para conquistar Metrópolis e derrotar Superman.
Grande garota, mundo pequeno - Supergirl encontra velhos amigos e decide o que vai fazer da vida.
Kryptonita - Numa história que se passa no começo do carreira do Superman, Perry White desconfia de Tony Gallo, um dono de cassinos de Las Vegas que está chegando a Metrópolis.
Positivo/Negativo: A boa fase por que passa Superman continua - e esta edição marca o começo de uma história bastante especial.
Kryptonita é, originalmente, o primeiro número de Superman Confidential, uma revista que publica arcos de histórias do Homem de Aço escritos e ilustrados por times criativos especiais.
Logo na estréia, a seleção da equipe é matadora: Darwyn Cooke, do cultuado e premiado DC - A Nova Fronteira, e Tim Sale, ilustrador de minisséries como Demolidor: Amarelo, Hulk: Cinza, Superman - As Quatro Estações, O Longo Dia das Bruxas e da arte da série de TV Heroes.
O arco se situa logo no começo da carreira do Homem de Aço. Tem atmosfera, charme e história para contar. A narrativa de Cooke é fragmentada: o gelo de uma arma de batalha logo está gelando um champanhe G.H. Mumm que Lois Lane e o herói bebem no alto da Torre Eiffel. O desenho icônico e expressivo de Sale cola perfeitamente com o texto preciso, sem excessos ou frescura.
Chega a ser uma pena que a edição da Panini não tenha dedicado mais atenção à série. Valorizar os autores - o que, neste caso, é fichinha - é valorizar a revista e estimular o leitor a continuar a comprar. Afinal, não é toda hora que uma HQ desse calibre entra no mix de uma revista mensal de super-heróis.
Para o alto, e avante!, arco que se encerra nesta edição, também é um exemplo de uma boa HQ do Homem de Aço. Não chega a ser excepcional, mas é muito acima da média do que se lê nas revistas mensais, com roteiro sólido, narrativa bem conduzida, toques de humor e um desenho delicioso de Woods.
Como curiosidade, é bom notar que a história adiciona elementos dos filmes de Superman aos quadrinhos. É o caso do uniforme com escudo em relevo e da Fortaleza da Solidão feita a partir de cristal kryptoniano.
O que estraga a revista é Supergirl. A reestréia da prima de Kal-El é um dos mais lamentáveis arcos de Um Ano Depois. Greg Rucka começou a escrevê-lo, fez uma trama que ficou sem pé nem cabeça para, logo depois, ser substituído por Joe Kelly, que tenta desmanchar a bomba armada pelo antecessor sem grande sucesso.
Há uma nítida tentativa de fazer a personagem parecer moderninha, mas simplesmente não funciona: enquanto Kelly toca seu roteiro inconsistente, Churchill desenha um figurino que não passa do tosco.
A imensa série de equívocos chega ao absurdo de abrir a história com a imagem da garota de 16 anos fumando. Só para comparar: até Wolverine, famoso por seus charutos, deixou de ser retratado como um tabagista.
Mas vale lembrar: a presença de Kryptonita compensa Supergirl. Apesar dela, a revista do Homem de Aço se tornou, surpreendentemente, uma das melhores opções do mercado brasileiro de super-heróis.
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