Superman # 6 - Novos 52
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autores: Quando o Superman aprendeu a voar (Action Comics # 6) - Grant Morrison (roteiro), Andy Kubert (desenhos), John Dell (arte-final) e Brad Anderson (cores);
O fim do início (Supergirl # 6) - Michael Green e Mike Johnson (roteiro), Mahmud Asrar (arte) e Dave McCaig (cores);
Corações de aço (Action Comics # 4) - Sholly Fisch (roteiro), Brad Walker (arte) e Jay David Ramos (cores);
Pequenos passos (Action Comics # 5) - Sholly Fisch (roteiro), Chriscross (arte) e José Villarrubia (cores);
Último dia (Action Comics # 6) - Sholly Fisch (roteiro), Chriscross (arte) e José Villarrubia (cores).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 64
Data de lançamento: Novembro de 2012
Sinopse
Action Comics - O Superman conta com a ajuda da Legião dos Super-Heróis para enfrentar vilões dotados de kryptonita e salvar o passado.
Supergirl - A Garota de Aço reflete sobre seu destino e enfrenta a terrível Régia.
Corações de aço - Há um novo herói nas ruas de Metrópolis.
Pequenos passos - Anos atrás, Jonathan e Martha Kent sofriam com as tentativas fracassadas de ter um filho.
Último dia - O jovem Clark Kent relembra seu passado em Smallville.
Positivo/Negativo
Seis edições desde o relançamento de toda a linha de quadrinhos de super-heróis da DC Comics no Brasil, e pode-se afirmar que o saldo é bastante positivo. Nas últimas edições de Superman, o time de artistas tem presenteado os leitores com histórias de qualidade e bons desenhos, redefinindo o super-herói original para uma nova era, mas mantendo a essência do personagem que encanta gerações.
Neste número, o Superman de George Pérez ficou de fora, abrindo espaço para as narrativas secundários do título Action Comics, com texto do versátil Sholly Fischer. E que grata surpresa!
O roteirista explora um lado reluzente da humanidade em contos sobre o passado de Clark Kent em Smallville, seus pais e os amigos de infância Pete Ross e Lana Lang. Lembra até o trabalho primoroso de Jeph Loeb e Tim Sale em Superman - As quatro estações. É bom saber que a DC continua escalando grandes talentos para sua maior franquia.
Mais uma vez, a história assinada por Grant Morrison e Andy Kubert mostra o valor do Superman pós-reboot, num emaranhado de viagens temporais e vilões ameaçadores. Quem ganha destaque neste número são os integrantes da Legião dos Super-Heróis, jovens justiceiros uniformizados do Século 31, inspirados nas lendas do Homem de Aço.
Os autores se divertem com os conceitos de gerações heroicas no Universo DC, elementos da Era de Prata e até os perigos da kryptonita para o herói. É aqui que Morrison parece mais corajoso e imprevisível, com um texto inventivo que merece ser lido e relido.
As cenas envolvendo Jonathan Kent, pai adotivo de Kal-El na Terra, não deixam dúvidas sobre o apelo humano do personagem na atual cronologia. Vale afirmar que todas as tramas apresentadas pelo roteirista começam a se ligar, formando um painel apreciável e uma das sagas mais originais da trajetória editorial do kryptoniano.
A arte de Andy Kubert é bastante eficaz, provando ser uma escolha acertada para substituir o traço de Rags Morales.
A jovem Supergirl ganha mais energia este mês, enfrentando uma nova vilã alienígena e refletindo mais sobre seu destino na Terra. Kara Zor-El é uma adolescente superpoderosa, prima do Superman e cheia de problemas, como qualquer garota de sua idade, só que elevados à enésima potência.
Em sua nova encarnação, os roteiristas Michael Green e Mike Johnson não trabalham tanto sua relação com o Homem de Aço, preferindo focar no senso de alienação e nas perdas da heroína. Conforme a dupla deixa para trás o passado de Kara e direciona suas energias para novos desafios, a saga da Garota de Aço torna-se mais interessante e perturbadora.
É um gibi de super-heróis convencional, apresentando confrontos com vilões e uma boa dinâmica de personagens, além de contar com um ilustrador de talento. Mahmud Asrar definiu bem o visual da kryptoniana, bela e cativante, mas sem apelações.
Com o ciclo inicial de histórias da nova fase da DC próximo de sua conclusão, convém refletir sobre a validade do reboot. Claro que não seria necessário reiniciar a cronologia de todo um universo para ter boas aventuras, e que o objetivo maior da editora foi chamar a atenção do público. Mas ninguém pode negar que a qualidade das histórias do Superman só tem subido desde a reformulação. Este é o maior atestado de sucesso que os fãs poderiam desejar.
Classificação