SUPERMAN # 60
Título: SUPERMAN # 60 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: A Queda de Camelot - Kurt Busiek (texto), Carlos Pacheco (desenhos), Jesús Merino (arte-final) e Dave Stewart (cores);
Peixe fora d'água - Joe Kelly (texto), Joe Benitez (desenhos), Victor Llamas (arte-final) e Rod Reis (cores);
Kryptonita - Darwyn Cooke (texto), Tim Sale (arte) e Dave Stewart (cores).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Novembro de 2007
Sinopse: A Queda de Camelot - Entre as lembranças da adolescência, quando conviveu com a jovem Carolyn Llewellyn, os dias de hoje, em que combate a Kriatura 17, e um futuro pós-apocalíptico revelado por Arion de Atlântida, Superman se vê diante de uma crise maior do que imagina.
Peixe fora d'água - Supergirl se une aos Renegados.
Kryptonita - Superman ainda não sabe o que é a kryptonita, mas sente seus efeitos - está fraco, machucado e corre risco de morrer. Uma história que se passa no começo da carreira do Homem de Aço.
Positivo/Negativo: Nesta edição, Superman comemora seus cinco anos nas mãos da Panini Comics. Dos três títulos da DC, é o que mais tem motivos para celebrar o aniversário: a revista está em sua melhor fase nesta década.
O herói foi quem melhor se saiu da famigerada Crise Infinita. Antes, suas histórias eram quase um caso perdido. Agora, dão gosto de ler.
Kryptonita, arco que se passa nos primeiros anos da carreira do personagem, chega a ser uma preciosidade perdida no meio da revista. Cooke e Sale são criadores muito acima da média e, nesta série, criam uma trama preciosa sobre a origem da pedra que tira os poderes do Homem de Aço.
O texto é cativante, tem ritmo e clima. A arte é precisa, expressiva e econômica. E a junção das duas faz da história o melhor da revista.
O trabalho de Busiek, Pacheco e Merino fica atrás, mas não muito. O roteiro é ágil e empolgante, a arte é bonita e eficientíssima.
O que atrapalha um pouco é a consistência da trama que, por enquanto, parece solta. Há de se levar em conta que, às vezes, avaliar uma obra em capítulos que ainda está em andamento faz com que se julgue precipitadamente, mas, por ora, o mero sumiço da Kriatura 17 soa forçado demais. Busiek, contudo, ainda tem tempo para reverter a trama e dar um desfecho mais digno para o monstro.
De qualquer maneira, há grandes achados no roteiro, principalmente na terceira parte da saga. Tratar as façanhas do jovem Clark Kent como geradoras de uma lenda urbana chamada Superboy é uma idéia divertida - que poderia ser mais explorada no futuro.
Novamente, o ponto fraco da edição é Supergirl. A fase pós-Crise Infinita da personagem é simplesmente medonha. Greg Rucka já errou a mão nas primeiras histórias, mas passar a batata quente para Joe Kelly não resolveu o problema.
A caracterização da personagem não é ruim só porque a retrata como uma adolescente despudorada, mas principalmente porque a abordagem é inverossímil. Mais que isso: o roteiro não é consistente. Está mais para uma seqüência de fatos do que para uma trama verdadeiramente cadenciada. É uma pena que a série fique patinando sem sair do lugar.
Nesta edição, vale destacar também a capa, que, com uma cena de ação chamativa e um balão, sintetiza bem claramente o que o leitor encontrará no miolo e, de quebra, evoca a boa tradição de capas da DC na Era de Prata.
Outro ponto que pode atrair os leitores é o pôster com calendário do Superman. A arte é do popularíssimo Alex Ross e serve de arauto para o livro Os Maiores Super-Heróis do Mundo, previsto ainda para este ano, que compila histórias escritas por Paul Dini e pintadas pelo artista.
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