SUPERMAN # 65
Autores: Um olhar de longe - Kurt Busiek (texto), Carlos Pacheco (desenhos), Jesús Merino (arte-final) e Alex Sinclair (cores);
A verdade - Joe Kelly (texto), Marc Sable (desenhos), Marlo Alquiza (arte-final) e Rod Reis (cores);
As formas mais mortais de kryptonita - Geoff Johns, Richard Donner (texto), Gary Frank (desenhos), Jonathan Sibal (arte-final) e Brad Anderson (cores);
Segredos da Fortaleza da Solidão - Geoff Johns, Richard Donner (texto), Phil Jimenez (desenhos), Andy Lanning (arte-final) e Jeromy Cox (cores);
Os criminosos de Krypton - Geoff Johns, Richard Donner (texto), Rags Morales (desenhos), Mark Farmer (arte-final) e Edgar Delgado (cores);
Os 10 mais procurados do Superman - Geoff Johns, Richard Donner (texto), Tony Daniel (arte) e Brad Anderson (cores);
O último filho - Geoff Johns, Richard Donner (texto), Adam Kubert (arte), Dave Stewart (cores).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Abril de 2008
Sinopse: Um olhar de longe - A chegada de um grupo de Jovens Deuses provoca tumulto em Metrópolis. Mas, com a intervenção de Magtron, Superman ganha tempo para refletir sobre o futuro apocalíptico mostrado por Arion.
A verdade - Zor-El conta a verdade sobre a origem de Supergirl.
As formas mais mortais de kryptonita - Lex Luthor apresenta novas versões da pedra que tira os poderes de Superman.
Segredos da Fortaleza da Solidão - Um mapa revela o interior do reduto do Homem de Aço.
Os criminosos de Krypton - A história de General Zod e seus aliados em Krypton se mescla aos últimos dias de Jor-El.
Os 10 mais procurados do Superman - Um resumo da biografia dos maiores inimigos de Superman.
O último filho - Depois de tirar o jovem kryptoniano das mãos do governo, Superman tem que fazer alguma coisa com ele.
Positivo/Negativo: Pelo segundo mês consecutivo, o destaque de Superman é a nova fase do herói, capitaneada por três grandes nomes. Um é Geoff Johns, roteirista que, nos últimos anos, se tornou um astro da DC Comics. O outro é o artista Adam Kubert, que faz seu primeiro trabalho para a DC depois de se tornar célebre na Marvel. Por fim, no centro das atenções, está Richard Donner, diretor polêmico de Superman - O Filme, de 1978, um ponto marcante da mitologia do Homem de Aço.
Metade da revista é dedicada ao arco do trio. Começa pela própria capa, relacionada à série. Na página central, em forma de pôster, está uma arte feita por Andy Kubert, irmão de Adam, que também migrou para a DC, mas desenha Batman.
As histórias de Johns e Donner começam logo a seguir, ilustradas por diversos artistas. São contos curtos, aparentemente desconexos e fracos por si só, mas que plantam ganchos e preparam terreno para a trama se desenvolver.
Alguns dos elementos dessas breves histórias paralelas já começam a aparecer na trama central, como Bizarro e os criminosos liderados pelo General Zod.
Os contos já deixam indícios fortes da linha que o time criativo adotou: seu Superman mescla elementos do filme de Donner com marcas da Era de Prata da DC. Além disso, busca referências no longa-metragem mais recente, Superman - O Retorno, e não é por acaso: a película foi calcada nos conceitos plantados nos anos 70.
Por fim, há um texto bacana do editor Levi Trindade, que rememora não só o filme de Donner, mas também o contexto em que ele foi lançado.
Quando o leitor chega em O último filho , encontra uma história que empolga justamente por adotar uma visão mais mitológica do personagem e por trazer de volta velhos conhecidos. Mas, se não fossem as referências, a trama perderia bastante seu vigor. Com a exceção da briga com Bizarro, toda a emoção é baseada no reconhecimento de personagens e cenas antigas, como as conversas de Superman com Marlon Brando ou a luta do herói contra os bandidos de Krypton.
A outra aventura do Superman desta edição dá continuidade à longa saga de Kurt Busiek. Ainda não está claro onde o roteirista quer chegar. A cada número, ele tem adicionado mais e mais elementos, mas explica muito pouco. Aqui, outra vez, a situação se repete. Há enigmas atrás de enigmas, novos elementos e personagens entram em cena, mas não há luz aparente no fim do túnel.
Mas isso não quer dizer que o leitor precisa perder as esperanças na série. Até agora, o roteiro é bem construído e não há indícios de que o autor esteja perdido.
De quebra, a arte é bastante boa. Nesta edição, destaca-se a versão do Bar Oblívio, reduto mágico do Universo DC. Ele já apareceu em várias revistas e foi desenhado por diversos artistas, mas esta é, até agora, a visão que tem mais cara de pub ocupado por seres seculares.
É Supergirl que, mais uma vez, atrapalha Superman. Kelly não acerta ao contar a origem da Prima de Aço, mas o motivo dá pinta de ser maior do que ele: a atual encarnação da heroína está perdida demais. E parece não haver argumento que possa recolocá-la nos eixos.
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