SUPERMAN # 71
Autores: 3-2-1 Ação! - Kurt Busiek (texto), Brad Walker (desenhos), John Livesay (arte-final), Peter Pantazis, Lee Loughridge (cores da parte 1), Tanya Horie e Richard Horie (cores);
Reunião - Tony Bedard (texto), Renato Guedes (desenhos e cores) e José Wilson Magalhães (arte-final);
O terceiro kryptoniano - Kurt Busiek (texto), Rick Leonardi (desenhos), Dan Green (arte-final) e Alex Sinclair (cores).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 2008
Sinopse: 3-2-1 Ação! - Jimmy Olsen, agora sob a identidade de Sr. Ação, é capturado pelo Homem de Kryptonita - e precisa do Superman para salvá-lo.
Reunião - Supergirl salva Moça-Tríplice e Karatê Kid, da Legião dos Super-Heróis, do Senhor Orr.
O terceiro kryptoniano - Superman encontra a mercenária Karsta Wor-Ul, a terceira kryptoniana da Terra.
Positivo/Negativo: Não dá para negar que não há muita coisa acontecendo na revista do Homem de Aço: Jimmy Olsen virou super-herói (e acaba de desvendar a identidade secreta do Superman), uma improvável kryptoniana foi descoberta vivendo na Terra há anos, Legionários estão agindo no presente e há até macacos infectados por kryptonita espalhados por Metrópolis.
Parece estranho que uma revista com tantos fatos não transmita a impressão de que passa por um momento fervilhante. Mas é isso mesmo.
Em comum entre as três séries que correm simultaneamente está o fato de que os roteiros não têm dado conta de dar peso aos fatos que apresentam.
Por exemplo: depois de anos e anos, Jimmy Olsen descobriu que Superman é, na verdade, o seu grande amigo Clark Kent. Mas a reação do fotógrafo é pra lá de morna. Não tem choro nem briga nem indignação. Apenas um "Clark, eu sei, tá bem? Eu sei".
Caso semelhante se vê na revelação de que a terceira kryptoniana, Karsta Wor-Ul, vive na Terra há décadas. Superman apenas senta e toma um café enquanto ouve a sua história em um flashback enfadonho. Mas, do lado de cá do gibi, a revelação parece grandiosa demais para um papo tão chato.
De quebra, tem Tony Bedard - um roteirista historicamente morno. Sua Supergirl só tem charme por conta da arte encantadora de Renato Guedes.
O trabalho do brasileiro, por sinal, é um dos pontos altos da revista. Ganha destaque não só pela beleza do traço, mas também em suas belíssimas cores.
Aliás, são as cores que ofuscam outro bom trabalho da revista: o traço competente de Brad Walker. Em especial na primeira parte, o trabalho de Loughridge e Pantazis aumenta a confusão visual da história.
Com um pouco mais de pegada, Superman seria uma revista muito mais estimulante.
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