SUPERMAN # 72
Autores: O terceiro kryptoniano - Kurt Busiek (texto), Rick Leonardi (desenhos e arte-final), Dan Green (arte-final) e Alex Sinclair (cores);
Reunião - Tony Bedard (texto), Renato Guedes (desenhos e cores), José Wilson Magalhães (arte-final) e Rod Reis (cores);
Sem título - Geoff Johns (texto), Stephane Roux e Karine Boccanfuso (arte);
Fuga do Mundo Bizarro - Geoff Johns, Richard Donner (texto), Eric Powell (arte) e Dave Stewart (cores).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Novembro de 2008
Sinopse: O terceiro kryptoniano - Superman, Supergirl, Krypto, Poderosa, Chris, Batman e Karsta enfrentam Amalak, o perseguidor de kryptonianos.
Reunião - Supergirl, Karatê Kid e Una encaram Equus de uma vez por todas.
Sem título - Painéis fazem um quem é quem do universo de Superman.
Fuga do Mundo Bizarro - Bizarro rapta Jonathan Kent e o leva para o Mundo Bizarro.
Positivo/Negativo: Esta edição de Superman é essencialmente divertida. São quatro histórias leves e despretensiosas que rendem lá seus 40 minutos de entretenimento.
A revista abre com a conclusão do arco O terceiro kryptoniano. Depois de um desenvolvimento fraco, o fechamento é cheio de ação e de pequenas reviravoltas ao redor do mundo e com vários personagens. É, de certo modo, uma dança bem coreografada, que inclui até boas cenas com Batman.
Também chama a atenção o fato de que a história abre ganchos em todo o canto para se explorar a presença de quartos, quintos e milésimos kryptonianos espalhados pelo universo.
Supergirl e os legionários enfrentam Equus em um roteiro batido de herói versus monstro grandalhão. Ou seja: de uma hora pra outra, com alguma ajuda dos amigos, a mocinha reverte a situação desfavorável e vence a luta. Consegue, aliás, cicatrizar um ferimento a jato na barriga, que volta a ser exibida lisinha em instantes graças à miniblusa.
O que compensa é a arte de Renato Guedes, brasileiro que assumiu o desenho na edição passada e deu tons mais suaves à prima adolescente do Homem de Aço.
O maior destaque da edição, porém, está na estréia do novo arco escrito por Geoff Johns e Richard Donner, diretor do filme Superman, e desenhado por Eric Powell (Goon).
Depois do bom arco O último filho, contudo, as coisas se complicam para a dupla de roteiristas. Isso porque o tema do Mundo Bizarro, clássico da Era de Prata, acaba de ser tratado magistralmente por Grant Morrison e Frank Quitely.
O resultado é que a história desta edição fica à sombra de Grandes Astros - Superman.
A trama tem aspectos interessantes, sim, que deixam a comparação menos cruel, como o seqüestro de Jonathan Kent e as referências ao longa-metragem dos anos de 1970.
Há também a arte de Powell, acostumado a retratar a truculência bizarra em seu trabalho autoral com bom humor.
No fim das contas, é uma boa aventura.
Se não fosse a comparação, até iria melhor. Mas ela é inevitável. E, se não arrasadora, ao menos frustrante.
Corre por fora nesta edição uma história sem título de três painéis de página dupla com alguns dos principais personagens do universo de Superman. A arte de Stephane Roux e Karine Boccanfuso evoca o trabalho de Daniel Acuña. Visualmente, é bonito. E os textos de Johns têm poucas, mas boas, sacadas.
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