Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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SUPERMAN # 8

1 dezembro 2003


Autores: Super-Homem - Joe Kelly, Jeph Loeb & Geoff Johns
(argumentos), Doug Mahnke, Lee Bermejo, Ariel Olivetti & Pascual Ferry
(desenhos) e Tom Nguyen, Dexter Vines, Jim Royal, Jose Marzan, Wade Von
Grawbadgerm, Wayne Faucher, Scott Hanna, Mark Morales & Keith Champagne
(arte-final);
Mulher-Maravilha - Phil Jimenez (argumentos), Phil Jimenez & Brandon
Badeaux (desenhos), Lanning Stucker Jr., Conrad & Alquiza (arte-final).

Preço: R$ 7,50

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Julho de 2003

Sinopse: Super-Homem - Surge uma nova equipe de heróis,
chamada Elite, mas não se trata de apenas mais um grupo. Eles chegam com
uma proposta bem clara: bandido bom é bandido morto. Nem que para isso
tudo à sua volta seja destruído no caminho. O importante é dar um jeito
no vilão de uma vez por todas.

Tal atitude vai de encontro a tudo em que o Homem de Aço acredita. Mas
se torna mais difícil parar a Elite quando a maioria da opinião pública
parece aprovar e estar ao lado deles.

Na aventura seguinte, um herói negro do Harlem bate de frente com o último
filho de Krypton, e não que ele, branco de olhos azuis, influencie as
crianças do local. Qual o papel do Super-Homem para essas pessoas?

Por fim, a conclusão da batalha ente Sakki e Gunshin nas ruas do Japão.
Poderá Kal-El impedir que o pior aconteça?

Mulher-Maravilha - A batalha contra Circe continua, e o Super-Homem
é o principal obstáculo que Diana terá de superar para vencer este desafio.

Positivo/Negativo: Finalmente chega ao Brasil a história da elogiada
edição comemorativa Action Comics #775, que havia sido pulada pela
Editora Abril. A Panini merece elogios por ter publicado
a aventura, mesmo tendo passado seu momento cronológico, até porque ela
é importante para futuros acontecimentos na vida do Homem de Aço (como
também foi no passado, já que o líder da Elite, Manchester Black, participou
da saga Mundos em Guerra, e os leitores ficaram a ver navios sobre
quem ele é).

Elite é um grupo de quatro novos autodenominados heróis. Sua missão é
muito simples: aniquilar qualquer ação de vilania, definitivamente. As
sucessivas execuções, castigos (como amputar as pernas de quem eles achem
necessário) e inocentes que morrem no caminho chamam a atenção do Super-Homem,
que entra em rota de colisão com esta nova ordem.

O conflito do clássico modelo de herói contra o novo conceito. O Super-Homem
está ultrapassado para os dias de hoje?

A equipe é uma paródia mais exagerada de The Authority (a roupa
de Manchester Black, por exemplo, é muito parecida com a de Jenny Sparks),
mas faz referência a um novo estilo de herói que surgiu nos últimos anos,
mais violento. O tema já havia sido abordado na excelente O Reino do
Amanhã
, de Mark Waid e Alex Ross, mas agora o assunto foi trazido
para dentro da continuidade oficial do Homem de Aço.

A história foi muito elogiada quando de seu lançamento nos Estados Unidos,
e a revista Wizard chegou a elegê-la não a melhor de 2001, como
está na capa da edição nacional, mas sim a melhor dos últimos dez anos.
Exagero, claro. Não espere por isso. Mas é muito boa, e certamente uma
das melhores do Super-Homem nos últimos anos.

Curioso notar que esta é uma trama fechada, sem longas continuações ou
sagas, e não exige conhecimentos prévios sobre o personagem. Pelo contrário,
procura explorar algumas de suas atitudes. O tipo de aventura que deveria
ser feito com mais freqüência pelas editoras americanas.

Um detalhe que passou despercebido à equipe da Panini: o jornalista
Jack Rider, que troca farpas com Clark Kent no início da trama, é o super-herói
Rastejante. Uma nota enriqueceria mais a história.

As outras duas histórias também procuram abordar as motivações e influências
do Homem de Aço. Elas até tocam em alguns temas interessantes, mas não
se saem tão bem.

A Mulher-Maravilha tem apenas 10 páginas nessa edição. O motivo é que
a Panini teve que dividir a história que saiu no número anterior
em duas partes, pois a aventura era maior do que as habituais e não coube
inteira em Superman # 7. A alternativa não é das melhores, mas
pelo menos não houve cortes de páginas.

Para minimizar o problema, a editora colocou um resumo do que tinha acontecido,
mas esqueceu de incluir os créditos da história novamente. Os nomes (ou
melhor, sobrenomes) dos autores só aparecem rapidamente na capa original,
que foi reproduzida no interior da revista. O título da história também
teve que ser incluído nesse espaço.

Destaque ainda para a bela ilustração da capa, feita por Tim Bradstreet
(de Hellblazer e Justiceiro). Passa o clima certo e já deixa
a entender que a aventura que vem a seguir não é como as costumeiras do
personagem.

Classificação:

4,0

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