SUPERMAN # 82
Autores: A chegada de Atlas - O mundo em seus ombros (originalmente em Superman # 677) - James Robinson (roteiro), Eduardo Guedes (desenhos), Wilson Magalhães (arte-final) e Hi-Fi (cores);
A chegada de Atlas - Tempo perdido (originalmente em Superman # 678) - James Robinson (roteiro), Eduardo Guedes (desenhos), Wilson Magalhães (arte-final) e Hi-Fi (cores);
O tempo cura todas as feridas - Kelly Puckett (roteiro), Ron Randall (arte) e Wes Dzioba (cores);
Consequência - James Peaty (roteiro), Ron Randall (arte) e Wes Dzioba (cores).
Preço: R$7,50
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Setembro de 2009
Sinopse: O mundo em seus ombros - A Polícia Científica de Metrópolis tenta lidar com um monstro gigante que está destruindo a cidade. A criatura acaba derrotada por um homem. Mas, ao contrário dos que os cidadãos pensam, o salvador não é o Superman.
Tempo perdido - O embate entre Superman e Atlas tem início. Começam a surgir as explicações para o ataque de Atlas.
O tempo cura todas as feridas - Supergirl lamenta a morte do garoto com câncer. Em um combate com Dolok, um destruidor de planetas, surge uma nova esperança para trazer o menino de volta à vida.
Consequência - Supergirl e a Imperatriz precisam enfrentar um novo vilão, Consequência.
Positivo/Negativo: O arco A chegada de Atlas foi anunciado à exaustão pela Panini. O embate entre os dois gigantes foi apresentado aos leitores como uma elogiada saga. Mas, pelo que se vê nas duas partes, a propaganda foi exagerada, para dizer o mínimo.
O roteiro de James Robinson, responsável por clássicos como Starman e uma série de divertidos encadernados do Gavião Negro, é fraco. Começa de forma desastrosa, com Krypto, o cachorro de Superman, narrando a história como um retardado. Ele continua com Superman brincando de jogar frisbee no espaço, enquanto conversa com o Lanterna Verde.
Pouco depois, Robinson insere um novo narrador, Travis DuBarry, o jovem líder da divisão de Metrópolis da Polícia Científica. E mais surgem: o roteirista intercala um terceiro narrador, em off, enquanto o policial reclama da vida logo antes de ser nocauteado e sumir da trama.
Atlas é o personagem mais interessante, o que não significa muita coisa. Na segunda parte do arco, ele apresenta suas motivações para querer derrotar o Superman. Agora é esperar para ver como a trama se desenrolará.
Se o roteiro deixa a desejar, a arte de Renato Guedes salva a história do desastre completo. As feições marcantes dos personagens e o predomínio de cores claras garantem uma beleza visual que atraem o leitor.
Na sequência, a chatice de sempre em Supergirl. Na primeira HQ, a heroína continua se lamentando por causa da morte do garoto com câncer. Uma chance de reverter o passado aparece na forma de um instrumento para voltar no tempo, e ela tenta agarrar essa oportunidade.
A segunda história é ainda mais chata, além de contar com um inimigo com um nome tão bobo que não bota medo nem mesmo na Supergirl: Consequência. Unindo forças com a Imperatriz, a heroína logo dá um jeito no criminoso.
Para completar, esta edição conta com capa de Alex Ross, artista odiado por uns e amado por outros, mas que sempre chama a atenção com seus desenhos incrivelmente realistas.
É uma pena que a revista do Superman, que vinha mantendo um alto nível havia meses, tenha caído tanto. Resta torcer para que retome o bom caminho no próximo número.
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