SUPERMAN & BATMAN # 18
Título: SUPERMAN & BATMAN # 18 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Fogo & Gelo - Robbie Morrison (texto) e Charlie Adlard (arte);
Poder - Jeph Loeb (texto), Ian Churchill (desenhos) e Norm Rapmund (arte-final);
Em Busca de Luz - Judd Winick (texto), Ron Garney (desenhos) e Bill Reinhold (arte-final);
Dívida de Sangue - Greg Rucka (roteiro), Rags Morales, (desenhos) e Ray Snyder (arte-final).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Dezembro de 2006
Sinopse: Fogo & Gelo - Em uma redoma de gelo em meio a um incêndio, Batman enfrenta o Sr. Frio em uma conversa afiada.
Poder - Supergirl treina com os Renegados, dá um beijo em um dos integrantes do grupo e, enfim, enfrenta Lex Luthor.
Em Busca de Luz - O Dr. Luz ataca a escola de Mia.
Dívida de Sangue - Em Haia, começa o julgamento da Mulher-Maravilha.
Positivo/Negativo: Pelo segundo mês consecutivo, a revista está sem seu carro-chefe. O motivo é a sucessão de atrasos do título norte-americano de Superman & Batman. Para substituir, desta vez há uma história do Batman escrita pelo britânico Robbie Morrison, conhecido por seus trabalhos nas revistas inglesas 2000 AD e Judge Dredd, mas também por uma passagem no badalado The Authority, da Wildstorm.
O one-shot de Morrison tem um tom teatral - boa parte dele é focado em um diálogo entre Batman e o Sr. Frio que bem que poderia ser encenado em um palco. Toda a ação é contada em flashbacks que surgem como parte da conversa.
O problema é que, numa HQ assim, o texto precisa segurar a trama. Mas o roteirista errou a mão ao apostar no velho tema do contraste do frio com o calor, um verdadeiro hit das revistas em que o Sr. Frio aparece. E, apesar das boas sacadas (como o vilão dizendo que Batman é o homem mais frio de Gotham), falta uma idéia que faça diferença para o leitor.
Se Batman tem uma história própria, Superman acaba representado por sua prima. Supergirl é um título que surgiu nas páginas de Superman & Batman e é escrito pelo mesmo Loeb, que foi o regente das histórias do Homem de Aço por alguns anos. Mas há um conflito moral que atrapalha a série.
A superprima é uma garota bonitona de miniblusa e saia plissada, que destacam seu corpo. É bobinha e inocente. E tem desenhos de Ian Churchill, um especialista em gostosonas de papel. Aparentemente, é uma ninfeta perfeita, um fetiche para os leitores do Homem de Aço. Mas isso tudo é desperdiçado quando os roteiros praticamente ignoram o lado sensual da personagem, que está totalmente vazia.
Mesmo o beijo que dá em Asa Noturna é insípido - tanto que Estelar, bem ao lado, dá de ombros e quase ignora o que vê. Parece que até mesmo Koriander sacou o que o roteirista não entendeu: do jeito que está, Supergirl não consegue atrair ninguém.
A revista segue com seus dois heróis coadjuvantes no meio de sagas. Em Arqueiro Verde, Winick continua a armar um enfrentamento entre os arqueiros e o Dr. Luz. E a Mulher-Maravilha de Rucka mostra as conseqüências do assassinato de Maxwell Lord, também preparando terreno para um clímax vindouro. São histórias corretas, mas sem grandes apelos.
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