SUPERMAN & BATMAN # 19
Título: SUPERMAN & BATMAN # 19 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: A Mulher Hipotética - Gail Simone (texto), José Luís Garcia-Lopez (desenhos) e Klaus Janson (arte-final);
Poder - Jeph Loeb (texto), Ian Churchill (desenhos) e Norm Rapmund (arte-final);
Maratona - Greg Rucka (roteiro), Rags Morales, Cliff Richards (desenhos) e Michael Bair e Ray Snyder (arte-final).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Janeiro de 2007
Sinopse: A Mulher Hipotética - Um ditador de um país subdesenvolvido é destronado pela Liga da Justiça e articula um plano mundial para que os heróis nunca mais se envolvam na política das nações do mundo todo.
Poder - Duas Supergirls se enfrentam. E envolvem a Liga da Justiça na batalha.
Maratona - Diana está presa em Haia por conta de seu julgamento, mas decide sair para lutar em Themyscira, que foi tomada por OMACs.
Positivo/Negativo: Superman & Batman está sem seu carro-chefe, por conta dos atrasos da série nos Estados Unidos. Nos últimos dois números, histórias solo de Superman e Batman foram publicadas para cobrir o espaço deixado.
Contudo, agora o título passa a abrigar temporariamente A Mulher Hipotética, uma saga que saiu na revista JLA Classified, uma versão um pouco mais autoral da série da Liga - de suas páginas, já saíram por aqui uma saga de Grant Morrison e a segunda minissérie da fase cômica da Liga.
A primeira parte da aventura funciona apenas como um prelúdio - pelo jeito, a tal Mulher Hipotética é a que aparece no último quadrinho. Mas tem um lado interessante: tenta mostrar um lado raro da Liga: a relação dela com os governos do mundo todo, que, como se sabe, nem sempre são um padrão de comportamento moral.
A boa notícia é que a arte de Garcia-López voltou a ser bacana, ficando muito distante do emaranhado de cenários e personagens de O Retorno de Donna Troy, uma série bem fraquinha publicada em Superman & Batman meses atrás.
Supergirl, que tem duas histórias nesta edição, fica um pouco boba com o manjado recurso de dividir um personagem em dois, um bom e um mau. Loeb, que abandona a série a partir da próxima edição por conta de um contrato de exclusividade com a Marvel, deixou boas pontas para serem exploradas pelo sucessor (como o diálogo de Kara com seu pai). Mas, ao mesmo tempo, fez um roteiro mais preguiçoso.
Por sinal, Churchill, que já não é um gênio do traço, também fica relapso nos últimos quadrinhos, que também tem uma colorização vulgar, típica do começo dos anos 90, quando estava se descobrindo as vantagens (e principalmente desvantagens) do computador.
Um exemplo disso tudo é o primeiro quadrinho da página 75, em que a pele de Supergirl tem uns cinco tons diferentes, além do degradé que os separa. Falando assim, parece picuinha, mas fato é que essa mediocridade, que já dava as caras ao longo da história, continua até o fim, com acréscimo de outras bizarrices.
Em Mulher-Maravilha, Rucka continua explorando - e bem - sua excelente minissérie Projeto OMAC. A revista traz o começo de uma nova saga e já deixa pontas soltas o suficiente para que o roteirista as amarre nas próximas edições.
Classificação: