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Reviews

SUPERMAN & BATMAN # 22

1 dezembro 2007


Título: SUPERMAN & BATMAN # 22 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: A Mulher Hipotética - Gail Simone (texto), José Luís Garcia-López (desenhos) e Klaus Janson (arte-final);

Até o Fim do Mundo - Judd Winick (texto), Paul Lee (desenhos) e Dan Davis (arte-final);

Matéria de Capa - Greg Rucka (roteiro), Cliff Richards (desenhos) e Ray Snyder (arte-final);

Vega - Geoff Johns, Dave Gibbons (roteiro), Patrick Gleason (desenhos) e Christian Alamy e Prentis Rollins (arte-final).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Abril de 2007

Sinopse: A Mulher Hipotética - A Liga da Justiça enfrenta o Exército Hipotético.

Até o Fim do Mundo - Enquanto Arqueiro Verde enfrenta Merlyn, Star City corre um grande risco.

Matéria de Capa - Uma retrospectiva da vida de Mulher-Maravilha na perspectiva de uma revista de fofocas de super-heróis.

Vega - Guy e Kyle buscam Soranik Natu - e a moça precisa optar por um novo destino.

Positivo/Negativo: Mais uma edição morna. De novo, a revista está sem o carro-chefe, por conta dos atrasos na publicação do título nos Estados Unidos. O próximo número, interligado com momentos cruciais da saga Crise Infinita, só atinge a cronologia correta nas edições que estão por vir - e está previsto para junho, segundo anúncio publicado nas páginas de miolo.

Enquanto isso, a Panini opta por publicar mais uma história do arco A Mulher Hipotética, de LJA Arquivos Confidenciais. Desta vez, há uma sutil, mas importante, mudança no tratamento editorial. Na abertura, um aviso alerta aos leitores que a trama se passa antes do começo de Crise Infinita.

Pode parecer bobagem, mas é um detalhe que faz diferença para leitores casuais, que não acompanham as notícias sobre a DC Comics com afinco. Lá fora, Arquivos Confidenciais chama-se Classified. É uma linha de publicações cuja proposta editorial é mostrar aventuras situadas no passado da cronologia, feitas por times criativos especiais.

Mas, no Brasil, os arcos vinham saindo dentro das revistas de linha, sem nenhuma explicação, o que pode causar confusão.

Pena que a trama que está saindo em Superman & Batman é bem fraco. Gail Simone errou a mão - e esta edição mostra que a roteirista perdeu o rumo. Um exemplo disso é o próprio título do arco. Até esta edição, a tal Mulher Hipotética tinha aparecido apenas de relance. E agora, depois de três revistas inteiras, a Liga da Justiça não enfrenta apenas uma Mulher Hipotética, e sim um Exército Hipotético inteiro.

O novo grupo de vilões insiste em um erro cada vez mais comum nas histórias de super-heróis - seja Marvel, DC ou mesmo de editoras menores. São personagens que surgem do nada, sem motivação aparente para a vilania, sem identidade alguma. E não conseguem brilhar, simplesmente porque não têm uma função.

A sensação é de que a Liga está enfrentando um bando de manequins sem alma, com uniformes toscos e poderes nada inspirados. E assim a história se torna um grande clichê.

A Tropa dos Lanternas Verdes também não poupa nos clichês. Apesar do trabalho correto dos roteiristas e artistas, a história não consegue empolgar. Simplesmente não há nada de novo - a trama parece uma colagem de situações recorrentes em outras aventuras.

Arqueiro Verde e Mulher-Maravilha, os dois títulos fixos da revista, chegam nesta edição às suas últimas histórias antes de Um Ano Depois. A idéia é que, a partir do mês que vem, os títulos mensais da DC comecem a retratar como ficará a vida dos heróis após um ano do desfecho de Crise Infinita. Haverá muitas mudanças, e o ano pulado será retratado na minissérie 52 (prevista para julho).

As abordagens de Rucka e Winick para as histórias que antecedem imediatamente a mudança são bem diferentes.

Winick fecha um arco fraco com um confronto entre Oliver Queen e Merlyn. Não é nada demais, embora alguns acontecimentos paralelos sejam belos ganchos para o futuro.

Rucka, por sua vez, já tinha escrito um bom desfecho para Diana na edição anterior. Nesta aventura, a idéia é recapitular a história da embaixatriz guerreira desde sua primeira aparição.

O roteirista usa um recurso bacana - ancora a história em capas de uma revista de fofocas de super-heróis. Afinal, se eles são celebridades, e se as pessoas acompanham a vida de celebridades por revistas mequetrefes, é meio óbvio que em algum lugar do Universo DC havia uma publicação dedicada a especular se Superman anda matando a Mulher-Maravilha.

Os leitores, porém, podem derrapar em uma ou outra parte. Afinal, a publicação de Mulher-Maravilha no Brasil teve diversas fases saltadas. E a história passa rapidamente por fatos que o fã daqui nunca viu. Um punhado de notas de rodapé cairia muito bem.

Afinal, na história do Arqueiro, o recurso é utilizado até para explicar o que é bar mitzvah. E, francamente, é bem mais fácil achar o significado da festa judaica do que os fatos do passado da Mulher-Maravilha. Para o primeiro, basta um dicionário.

Classificação:

4,0

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