SUPERMAN & BATMAN # 28
Título: SUPERMAN & BATMAN # 28 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Inimigos entre nós - Mark Verheiden (texto), Ethan Van Sciver (arte), Marlo Alquiza (arte-final) e Guy Major (cores);
Mestres - Kurt Busiek (texto), Butch Guice (arte) e Dan Brown (cores);
Primeiro um chute, depois uma rasteira e agora uma parceira - Judd Winick (texto), Scott McDaniel (desenhos), Andy Owens (arte-final) e Guy Major (cores);
Implacável - Dave Gibbons (texto e desenhos), Michael Bair (arte-final) e Moose Baumann (cores).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 2007
Sinopse: Inimigos entre nós - Enquanto Superman combate Kylowog, Batman se une a Lex Luthor e Homem-Borracha para invadir a nova Fortaleza da Solidão e tentar impedir o avanço da misteriosa força alienígena.
Mestres - O novo Aquaman liberta Mera, enfrenta Orm Marius e se dá conta de que há algo estranho com o mundo em que vive.
Primeiro um chute, depois uma rasteira e agora uma parceira - Num debate na TV, comentaristas falam sobre os casamentos gays realizados pelo prefeito Oliver Queen. Nas ruas, Arqueiro Verde, Ricardita e Tijolo enfrentam bandidos.
Implacável - Guy Gardner está tirando uma folga em um planeta paradisíaco cercado de gatas por todos os lados. Mas Bolphunga, o Implacável, não dá sossego. E John Stewart tem problemas em Thanagar.
Positivo/Negativo: Revistas mix têm uma característica estranha: às vezes, por pura coincidência, uma junção de séries não mais do que razoáveis ganham pontos altos ao mesmo tempo. Nessas horas, uma publicação morna acaba crescendo repentinamente de um mês para o outro, sem mudanças significativas. É o que acontece nesta edição de Superman e Batman.
Até mesmo a Tropa dos Lanternas Verdes, que chegou até aqui aos trancos e barrancos, tem uma história divertida, com uma versão de Guy Gardner bastante calcada na Liga da Justiça dos anos de 1990, quando o grupo chafurdou na comédia.
O tom mais leve consegue tirar a HQ da sombra da série Lanterna Verde e sugere que pode mesmo haver espaço para mais uma revista ligada aos justiceiros esverdeados.
O maior problema da aventura é a arte-final de Michael Bair, que polui o traço limpo e equilibrado de Gibbons. O resultado tem pouco brilho: embora sejam artistas talentosos, a junção de ambos enfraqueceu os dois trabalhos.
Arqueiro Verde também tem uma boa história, com destaque para a narrativa límpida e eficiente, bem dividida em três momentos: a luta entrecortada com o debate, o confronto com Theodore Davis e o epílogo com o Exterminador. A edição também traz um Scott Daniel mais inspirado que o habitual.
Outro detalhe a se comentar: há duas revistas nas bancas simultaneamente tratando do tema polêmico de prefeitos norte-americanos realizarem casamentos gays. A outra é Ex Machina (Pixel Media) - que, justiça seja feita, originalmente é bem anterior a esta fase do Arqueiro.
Aquaman continua, por si só, cheia de mistérios. Para decifrá-los, talvez seja melhor olhar para outras histórias da DC - afinal, em entrevistas, os autores garantem que a série faz parte da cronologia da editora. Aparentemente, o título está vinculado ao Multiverso que começa a emergir em 52 e outras revistas de linha da Panini. Dessa forma, perde um pouco da aura clássica que vinha estruturando ao evocar grandes HQs de fantasia.
De qualquer forma, o carro-chefe da revista continua forte. Verheiden está jogando outros personagens no meio da relação de Batman e Superman e recuperando o pé atrás que um tem com o outro - algo que Jeph Loeb, autor anterior da série, tinha tornado bem rarefeito. E tudo bem que Ethan Van Sciver não esteja tão bom: um Van Sciver fraco ainda é bom o suficiente para não deixar o título cair.
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