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Reviews

SUPERMAN & BATMAN # 33

1 dezembro 2008


Autores: Nós, robôs! - Mark Verheiden (texto), Pat Lee (desenhos), Craig Yeung (arte-final) e Danny Luvisi (cores);

O portal da sombra - Kurt Busiek (texto), Mike Manley (desenhos), Ricardo Villagrán (arte) e Dan Brown (cores);

Enxergando tudo vermelho - Judd Winick (texto), Scott McDaniel (desenhos), Andy Owens (arte-final) e Guy Major (cores);

O lado negro do verde - Keith Champagne (texto), Patrick Gleason (desenhos), Prentis Rollins, Ray Snyder (arte-final) e Moose Baumann (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Março de 2008

Sinopse: Nós, robôs! - Metallo invade uma misteriosa fábrica da Waynetech e causa vítimas, o que acaba reunindo Superman e Batman. Logo em seguida, os dois heróis descobrem que o mesmo lugar está sob novo ataque. Dessa vez, os perpetradores são os Homens-Metálicos.

O portal da sombra - Capturado pelo Pescador, Aquaman mistura sonhos e visões.

Enxergando tudo vermelho - Batman chega a Star City e se encontra com o Arqueiro Verde. Afinal, por baixo dos panos, há um novo bandido no pedaço.

O lado negro do verde - O superdomínion chega à Terra, e é impedido por Darkseid. E há uma traição na Tropa dos Lanternas Verdes.

Positivo/Negativo: É uma pena, mas há pouco a se destacar nas quatro histórias desta edição de Superman & Batman.

Os problemas começam pelo próprio carro-chefe da publicação, que degringolou de vez. Mark Verheiden vem se revelando um autor pífio. É pior, e muito, que seu antecessor, e olha que estamos falando de um especialista em "medonhices" do quilate de Jeph Loeb!

A trama é fraca, cheia de clichês. Talvez o mote de que Bruce Wayne perdeu o controle de uma de suas fábricas até se torne interessante no decorrer do arco, mas nesta primeira história o recurso mal foi plantado.

Para piorar, a equipe de arte é horrorosa. A arte é tão poluída e equivocada quanto a da capa da edição, com uma agravante: as cores do miolo são escuras. O resultado é praticamente um borrão acinzentado que eventualmente é cortado pela capa de Superman e pela pele metálica de Mercúrio.

De quebra, há uma outra questão em aberto: por que Superman e Batman não conhecem os Homens-Metálicos? A resposta está nas complicadas alterações da DC pós-Crise Infinita.

Aquaman e Tropa dos Lanternas Verdes dividem entre si o mesmo problema: são partes misteriosas de uma trama maior, aparentemente ligada à natureza do Universo DC. Muita coisa não se fecha. Há mistérios por todo canto. Para um leitor convencional, as duas séries já perderam a hora de abrir um pouco mais o jogo. Mas o gênero de super-heróis tem essa idiossincrasia de plantar enigmas edição após edição. Às vezes, funciona. E tem quem goste.

Ao menos, são duas séries com arte agradável, embora tomem caminhos opostos. Na Tropa, Gleason tem pouco de novo a oferecer - é um feijão com arroz bem feito. Mas Mike Manley vai além: tem estilo mais clássico, recheado com hachuras e cores delicadas. O resultado dá ao leitor uma sensação retrô muito interessante.

A última série da edição é Arqueiro Verde, com uma história em que o bom ritmo da arte de McDaniel é responsável por segurar a onda de uma enrolação que dura 22 páginas. E, ainda por cima, a história tem um erro de português que os editores teimam em deixar passar: na página 52, o Arqueiro Verde diz: "É como assistir um debate político", sem a preposição "a", obrigatória para que o verbo ganhe o significado que o contexto exige. Mesmo que a Panini tenha reduzido bastante o índice de erros em relação a 2007, esse é um que volta e meia insiste em dar um alô ao leitor.

Mas o trabalho da edição brasileira tem seus méritos, e eles vão além da revisão.

Um deles é sutil, mas, se indicar uma rota a ser seguida, pode se tornar um bom serviço ao leitor. É a primeira caixinha da seção Anteriormente, que recapitula os últimos acontecimentos da história.

Em vez de simplesmente contar o que rolou na edição anterior de Superman & Batman, o espaço é dedicado para apresentar os Homens-Metálicos.

Em um segmento cada vez mais intrincado como o dos quadrinhos de super-heróis, supor que a edição anterior basta é mera inocência. Uma mudança dessas, se implementada amplamente, é mais do que bem-vinda.

Classificação:

4,0

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