Autores: Pane no computador - Mark Verheiden, Marc Guggenheim (texto), Pat Lee (desenhos), Craig Yeung (arte-final) e Danny Luvisi (cores);

O rei que foi e um dia será - Tad Williams (texto), Shawn McManus (desenhos), Walden Wong (arte-final) e Dan Brown (cores);

Enxergando tudo vermelho - Judd Winick (texto), Scott McDaniel (desenhos), Andy Owens (arte-final) e Guy Major (cores);

Amigos em perigo - Dave Gibbons (texto, desenhos e arte-final), Patrick Gleason (desenhos), Christian Alamy (arte-final) e Moose Baumann (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Maio de 2008

Sinopse: Pane no computador - Superman e Batman se unem aos Homens-Metálicos para derrotar Brainiac.

O rei que foi e um dia será - O jovem Arthur Joseph Curry é pressionado a assumir o manto de Aquaman.

Enxergando tudo vermelho - Arqueiro Verde enfrenta Capuz Vermelho. Batman, Tijolo. E as duas brigas não são nada fáceis para os heróis.

Amigos em perigo - A Tropa ajuda a Lanterna Verde Natu contra uma rebelião. E algo de estranho se esconde no planeta Mogo.

Positivo/Negativo: Depois de um longo período em que abrigou boas histórias, a qualidade de Superman & Batman despencou nos últimos meses. Esta edição é mais uma que reúne HQs cheias de problemas, que tiram toda a empolgação de ler o título.

O próprio carro-chefe da publicação, Superman & Batman, não passa por bons momentos. O arco que se encerra foi contraditório, confuso e repleto de clichês. Para piorar, a construção dos personagens mostrou-se pífia.

Nesta edição, por exemplo, ao conversar com Superman, Batman se proclama um órfão que tem dificuldade para se desapegar de coisas como a moeda gigante da batcaverna e o protótipo da tecnologia Omac - um apetrecho que gerou muitos problemas em histórias recentes. Estapafúrdio é pouco.

Apesar de um argumento interessante, o roteiro pífio banalizou tudo. Para piorar, a arte de Pat Lee foi, como sempre, um desastre. Empastelada por cores berrantes e mal empregadas, complicou ainda mais a tentativa de acompanhar a história.

Outra série que descambou foi Aquaman. No começo, com roteiro de Kurt Busiek, levava jeito de virar uma bela aventura de capa e espada submarina. Porém, o roteirista abandonou o posto, deixando mistérios em aberto e um substituto bastante aquém. Houve também mudança na arte - e Shawn McManus, com seu desenho levemente cartunesco, não parece ter acertado o tom.

A tarefa de dar algum suco à revista sobra para duas séries bastante irregulares.

Tropa dos Lanternas Verdes, depois de uma temporada de tropeços, parece estar se recuperando. A impressão é de que a proximidade com a saga A guerra dos anéis está obrigando o autor a não dispersar tanto seu roteiro em várias subtramas, o que acaba sendo vantajoso para a série como um todo.

Quem se dá melhor, no fim das contas, é Arqueiro Verde. Longe de ser exemplar, a história é bem narrada, com argumento interessante e arte eficiente. É uma aventura divertida, cheia de ação, como deveriam ser os quadrinhos de super-heróis. Pena que, no mix fraco de Superman & Batman, o que era pra ser a regra acaba se mostrando uma exceção.

No fim das contas, a Panini também acabou relaxando com o título. Depois de registrar uma boa melhora no uso da língua portuguesa, a editora deixou escapar alguns deslizes na edição, como um "avaliadaem" em vez de "avaliada em" (página 3) e um "assistir isto aqui" em vez de "assistir a isto aqui" (página 58). Os erros são detalhes, claro - e não comprometem uma edição que tem problemas bem mais graves.

Classificação: