SUPERMAN & BATMAN # 37
Autores: Tormento - Alan Burnett (texto), Dustin Nguyen (desenhos), Derek Fridolfs (arte-final) e Randy Mayor (cores);
Jericó - Judd Winick (texto), Scott McDaniel (desenhos), Andy Owens (arte-final) e Guy Major (cores);
A profecia e Fantasmas do passado - Dave Gibbons (texto), Tom Nguyen (arte), Patrick Gleason (desenhos), Prentis Rollins (arte-final) e Moose Baumann (cores).
Preço: R$ 8,00
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Julho de 2008
Sinopse: Tormento - Darkseid e Espantalho usam a arma roubada de Lex Luthor para controlar a mente de Superman. Caberá a Batman salvar o Homem de Aço.
Jericó - Às vésperas de uma nova eleição, o Arqueiro Verde conta a seu filho as armações que teve que fazer para garantir que seu ideário permaneça, caso perca a prefeitura.
A profecia e Fantasmas do passado - Uma acusação de assassinato leva Guy Gardner ao planeta Mogo. Lá, ele descobre o começo de uma grande conspiração para dar cabo da Tropa dos Lanternas Verdes.
Positivo/Negativo: Pra uma revista que andava ruim de doer, esta edição de Superman & Batman traz um belo respiro - e a esperança de que a situação possa melhorar.
Para começo de conversa, é bom pontuar: a edição toda rende uma leitura agradável. É verdade que sem brilho, sem charme, sem nada de especial. Mas é definitivamente agradável - o que já é uma melhora e tanto para uma publicação que, por muito tempo, só dava vontade de largar num canto e ir dar uma volta.
A melhora mais visível é em Superman & Batman, título homônimo e carro-chefe da revista. A série passou por uma longa fase medonha. Mas, em sua segunda parte, o arco Atormentados, do roteirista de desenhos animados Alan Burnett (Smurfs, Ducktales, Batman Beyond), mostra que é bacana de verdade.
Mais do que correto, como aparentava ser na edição anterior, Atormentados consegue até mesmo empolgar em alguns momentos. Para jogar Superman numa luta contra Batman, Burnett constrói lentamente uma boa trama. Quando as coisas acontecem pra valer, tudo se sustenta.
Para completar, a arte de Nguyen tem estilo. Não é especialmente bonita nem empolgante. Mas, com exceção da capa cafona, funciona. Mais do que isso: dá conta de conduzir a narrativa.
Arqueiro Verde começa um novo arco com o velho (e eficiente) time criativo. Além de amarrar pontas soltas, a história é daquelas em que Winick pega mais forte em seu lado político e estressa os limites e as crenças do super-herói. É o que dá tempero à trama, afinal, Oliver Queen é conhecido justamente por seu radicalismo.
Já Dave Gibbons, às vésperas da saga A Guerra dos Anéis, amarra as pontas soltas da Tropa dos Lanternas Verdes. O resultado é que, com a resolução de boa parte dos mistérios da história, uma trama inicialmente lenta, mal-engendrada e nebulosa se torna, enfim, interessante.
Com isso - e sem Aquaman, série que tinha degringolado e foi cancelada - Superman & Batman acabou com uma edição acima de sua média recente. Embora ainda não tenha se tornado uma das melhores opções nas bancas brasileiras, a notícia ao menos é um alento para os leitores que, masoquistamente, continuam acompanhando mensalmente a publicação.
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