SUPERMAN & BATMAN # 39
Autores: Luz negra - Dan Abnett (texto), Andy Lanning (texto e arte-final), Mike McKone (desenhos), Jonathan Glapion, Rebecca Buchman (arte-final) e Jason Wright (cores);
Vivendo em pecado - Tony Bedard (texto), Paulo Siqueira (desenhos), Amílton Santos (arte-final) e I.L.L. (cores);
Os donos da sorte - Mark Waid (texto), George Pérez (desenhos), Bob Wiacek (arte-final) e Tom Smith (cores).
Preço: R$ 8,00
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Setembro de 2008
Sinopse: Luz negra - Versões espectrais dos Novos Titãs atacam uma estação espacial de Bruce Wayne. Superman e Batman vão investigar.
Vivendo em pecado - Canário Negro precisa proteger a jovem Sin.
Os donos da sorte - No espaço, o Lanterna Verde Hal Jordan encontra um jovem morto por um tiro. Ao ser procurado, Batman avisa que deparou com um rapaz idêntico na batcaverna - e há vários casos similares ao redor do mundo. A investigação também chega ao espaço com Supergirl e Jordan. É a reestréia de O bravo e o audaz.
Positivo/Negativo: Setembro foi marcado pela reforma editorial que a Panini promoveu em sua linha DC - e pelos chaveirinhos comemorativos, um dos quais acompanha esta edição.
Nas mudanças, Superman & Batman acabou herdando da extinta Os melhores do mundo O bravo e o audaz.
Como a série teve apenas um número lançado antes do cancelamento, a Panini decidiu republicar a primeira história. Esta edição tem 16 páginas a mais que o habitual para dar conta disso.
Até aí, tudo bem: é bom serviço para o leitor que, porventura, não acompanhava a antiga revista.
O problema é que a Panini aproveitou e também aumentou o preço - para R$ 8,00, ou seja, R$ 1,10 mais caro. E aí a situação começa a ganhar contornos abusivos.
Oras, é a própria lógica dos quadrinhos de super-heróis, referendada pela própria Panini, que prega que o leitor deve comprar o maior número de revistas que consiga para acompanhar as histórias. Prova disso é que há tramas interligadas entre vários títulos - tanto na linha Marvel quanto, mais ainda, na DC, conhecida por seu universo ficcional mais integrado.
Se o ideal é comprar tudo, quem acaba prejudicado é o consumidor fiel - aquele que se esfola para acompanhar todo o amplo leque de títulos, o que tem assinatura do pacote completo, o que é mais fanático e que mais contribui para o sucesso do produto.
O editor Rafael Bellan até tenta contornar a situação no editorial. Ele tem razão: o repeteco não faz mal a ninguém. O problema é o R$ 1,10. Ou pior: o que esse mísero R$ 1,10 representa.
Embora a cobrança não seja ilegal, certamente é descortês.
Depois de mexer na programação, a Panini poderia ter arcado com a diferença de 16 páginas. Afinal, se é merreca para o leitor, com certeza também seria para a multinacional italiana. Até porque, para a editora, esse R$ 1,10 há de custar bem menos.
De quebra, seria uma gentileza para os fiéis e um atrativo extra para os novatos. E é aí que Superman & Batman poderia fazer diferença.
Apesar da repetição, a revista em si é bem bacana.
Superman & Batman, o carro-chefe, traz uma história fechada simples, ágil e divertida. Sem pretensões, tem argumento interessante e boa arte - e, em especial, cores bonitas.
A estreante Canário Negro tem como destaque a arte dos brasileiros Paulo Siqueira e Amílton Santos. Eficiente e carismático (e com algumas escorregadelas aqui e acolá), o desenho brilha mais que o roteiro insípido de Tony Bedard. Infelizmente, porém, a redação não destacou o trabalho dos conterrâneos na publicação.
No desfecho, Mark Waid e George Pérez reforçam o que já tinham mostrado na primeira estréia de O bravo e o audaz: é uma dupla imbatível no comando de uma série empolgante.
Depois de um longo período amargo, este recomeço reformado de Superman & Batman mostra que trata-se de um título com força pra voltar a brilhar e ocupar um bom espaço no coração dos leitores.
Mas, para que isso aconteça, a editora precisa lembrar que leitor, como qualquer consumidor, gosta de ser bem tratado.
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