SUPERMAN & BATMAN # 9
Título: SUPERMAN & BATMAN # 9 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Poder Absoluto - Jeph Loeb (texto), Carlos Pacheco (desenhos) e Jesús Merino (arte-final);
Sangue Novo - Judd Winick (texto), Phil Hester (desenhos) e Ande Parks (arte-final);
Petrificada - Greg Rucka (texto), Drew Johnson (desenhos) e Ray Snyder (arte-final).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Março de 2005
Sinopse: Na conclusão de Poder Absoluto, Batman e Superman fazem um esforço final para consertar os desvios do tempo. Mas nem tudo pode voltar para onde estava no começo.
Em Arqueiro Verde, Mia começa a lidar com o vírus HIV e encoraja Oliver Queen a dar um jeito em Tijolo. Mas a maior dificuldade do herói ainda é lidar com sua jovem amiga.
Em Mulher-Maravilha, Diana aceita uma luta até a morte com Medusa.
Positivo/Negativo: O modelo brasileiro de publicação de super-heróis, em que uma revista reúne diversos títulos norte-americanos, tende a ser uma caixinha de surpresas. Dificilmente o leitor vai encontrar quatro boas histórias numa edição - e muitas vezes alguns títulos de qualidade notadamente baixa tapam buracos para que cada publicação tenha suas 96 páginas.
Esta edição de Superman & Batman também é uma caixinha de surpresas - mas as surpresas são ótimas. As quatro aventuras estão em um nível bastante acima da média. São três finais de sagas empolgantes que mexem com os fundamentos dos personagens - Poder Absoluto, em Superman & Batman, Sangue Novo, em Arqueiro Verde, e Petrificada, em Mulher-Maravilha.
Loeb é um autor polêmico - acusam-no de lidar com elementos que estariam caducos (como Krypto, o supercão do Homem de Aço) e de fazer roteiros cheios de buracos. Por outro lado, o cara tem uma energia criativa fenomenal, e ainda impregna suas histórias com um ritmo intenso de ação.
Com uma arte excelente, Poder Absoluto foi uma grande aventura de viagem no tempo e realidades alteradas. Ao interferir na origem de Batman e Superman, três vilões vindos do século 31 criaram um mundo totalitário com heróis violentos e amorais.
Trata-se de uma resposta evidente para a série Poder Supremo, da Marvel (que sai por aqui em Marvel Max), uma releitura mais agressiva da Liga da Justiça.
O final da saga revela a origem do Superman mais velho, que vinha aparecendo no título, e faz uma homenagem a uma das melhores aventuras do herói, O que aconteceu ao Homem do Amanhã?, escrita por Alan Moore para encerrar a fase pré-Crise nas Infinitas Terras do personagem.
A história original é uma grande homenagem à Era de Prata e a uma inocência que seria sepultada logo em seguida por séries como Watchmen e O Cavaleiro das Trevas - e que ecoa até hoje em Poder Supremo, Authority e outros.
Sangue Novo, do Arqueiro Verde, foi um arco de altos e baixos, como são os títulos de Winick. Mas a revelação de que Mia tem HIV e o impacto disso nos personagens mudou o rumo da história, que vinha ficando sem sal.
Em vez de uma trama piegas, o autor criou um cenário de motivação para os personagens, que gerou uma nova heroína.
Mulher-Maravilha também encerra a fase com uma mudança profunda na vida de Diana. O final do combate com Medusa - que teve Ares como juiz - terá repercussões no Universo DC nos próximos meses.
E não é só pela cegueira da heroína - cujo impacto, pena, foi ofuscado pela história publicada em Superman # 40, que já mostrava Diana sem visão.
A edição tem um deslize: a capa de Pacheco e Merino é confusa e pouco impactante. Na própria história há quadros que renderiam uma imagem muito melhor.
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