SUPERMAN EM CORES # 1
Título: SUPERMAN EM CORES # 1 - (Ebal)
Autores: Você também pode ser um super-desenhista - Cary Bates (roteiro), Ross Andru (desenhos) e Mike Esposito (arte-final);
O Nome do jogo é Super-Homem - Cary Bates (roteiro), Curt Swan (desenhos) e Jack Abel (arte-final).
Preço: NCR$ 1,00 (preço da época)
Número de páginas: 32
Data de lançamento: Março de 1969
Sinopse: Ao entrevistar um menino que procura uma vaga de desenhista no Planeta Diário, Clark Kent descobre que há uma escola de arte desonesta tirando dinheiro de garotos sem talento. O nome do curso é Q.H.M.A. (Qualquer Homem é Miguel Angelo - grafia da época). Aí, o repórter se matricula para desmascarar o esquema.
Querendo impressionar, para ver até onde os professores são picaretas, o Super-Homem viaja ao passado para aprender com os próprios artistas (Leonardo da Vinci, Gainsborough e Rembrandt) seus segredos. Então, faz cópias perfeitas da Mona Lisa, O Menino Azul e a Ronda da Guarda Noturna, o que faz com que os bandidos queiram usar o talento do inocente Clark Kent num esquema de falsificação de obras de arte.
Por fim, ele os desmascara revelando que pintou deliberadamente pequenos erros em cada quadro e manda todos para a cadeia. O garoto que procurou Kent no começo da escola vira argumentista e o Planeta contrata um profissional para desenhar os roteiros dele.
Em O Nome do jogo é Super-Homem, Clark Kent é procurado por um conterrâneo de Pequenópolis, o senhor Ferret, que diz saber o segredo do Super-Homem.
Atraído de volta à cidade onde cresceu, o jornalista é enganado e aprisionado por Ferret numa cadeira elétrica, Este, então, lhe conta que desde que Clark era pequeno o vem observando, notando como ele sempre sumia quando o Superboy aparecia durante alguma emergência.
E mais: Ferret era o único oculista da cidade e nunca fez óculos para Clark. Além disso, descobriu que as lentes do rapaz não eram de grau, mas só um disfarce, o que o fez desconfiar ainda mais.
Então, ele dá um ultimato a Clark: ou confessa que é o Super-Homem ou milhões de volts atravessarão seu corpo. Ferret afirma ter tanta certeza de que Kent é o herói, que não corre o risco de cometer assassinato, pois a corrente não fará mal algum ao Homem de Aço.
O herói sua frio, mas por sorte descobre que a carga era baixa, pois vê a bateria com sua visão de raios-X. Então, conclui que Ferret não é um mau sujeito, e queria apenas provar sua tese, o que não consegue. Mesmo assim, revela um ponto fraco no disfarce de Clark, que termina a história prometendo a si mesmo providenciar óculos de grau.
Positivo/Negativo: Depois de 18 anos de sua primeira tentativa
(Superman # 45), a Ebal
voltou a apostar em edições coloridas de seus principais títulos.
Em 1969, alternadamente foram às bancas Superman, Superboy, Batman, Tarzan, Zorro (Lone Ranger) e Quadrinhos (com Os Justiceiros), o único fracasso foi este último, que não teve um segundo número. As revistas não tinham periodicidade regular no começo, e só passaram a ser mensais em 1972.
De alguns títulos, como Tarzan, saíram quatro num ano; de outros, como Batman, apenas dois. Isso também teve a ver com problemas editoriais, de negociação, com traduções etc.
O fato é que as revistas em cores da Ebal eram um luxo. O papel era grosso e de primeira linha, as capas eram plastificadas e as edições eram muitíssimo bem impressas. Muito superiores a tudo o que saía em matéria de quadrinhos na época. Também eram caras, custavam o dobro do que uma normal, mas, mesmo assim, venderam bem, o que fez com que continuassem.
Esta edição traz o melhor da produção da DC Comics para o Super-Homem no final dos anos 60, ainda sob a batuta do polêmico e pioneiro editor Mort Weisinger. As histórias são de Cary Bates, que viria a se tornar, junto com Elliot S. Maggin e Denny O'Neil, responsável pelas principais histórias do herói nos anos 70 e começo dos 80.
São histórias em que o principal é o plot, ou seja, o argumento, a trama. Isso era, na época (e ainda é), o grande diferencial dos quadrinhos da DC em relação à Marvel, que aposta em caracterização, ou seja, na construção das personalidades dos personagens, sem se importar muito com o que de fato acontece nas tramas.
As duas aventuras são muito bem amarradas, especialmente a segunda, e são absolutamente deliciosas de se ler. Os desenhos da primeira são de Ross Andru, com arte-final de Mike Esposito, um time que atravessou décadas, desenhando para a DC, desde histórias de guerra até a Mulher-Maravilha.
Tempos depois, Ross Andru se mudou para a Marvel, onde se tornou o principal desenhista do Homem-Aranha no final dos anos 70.
A segunda história é assinada pelo artista mais lembrado pelos fãs do Super-Homem: Curt Swan, que começou a desenhar o kryptoniano nos anos 50 e não parou até a chegada de John Byrne, na década de 1980.
A arte-final é de outro veterano das histórias de guerra, Jack Abel, muito bom, embora não tão eficaz para os desenhos de Swan como foi Murphy Anderson, tempos depois.
Apesar de antiga, ainda é possível topar com esta revista nos sites de leilão e mesmo em alguns sebos. Vale a pena, é diversão garantida.
Classificação: