SUPERMAN - IDENTIDADE SECRETA # 1
Título: SUPERMAN - IDENTIDADE SECRETA # 1 (Panini
Comics) - Minissérie em quatro edições
Autores: Kurt Busiek (roteiro) e Stuart Immonen (desenhos).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 48
Data de lançamento: Janeiro de 2005
Sinopse: Setembro de 1990. Picketsville, Kansas. Empolgados com o nascimento de seu filho, Dave e Laura Kent decidem que seria bom o bebê ter um nome famoso. Assim nasce o Clark Kent da vida real.
O garoto cresce como alguém comum, que passa pelas mesmas situações que todos nós, mas que precisa lidar com elas numa outra escala. Ele simplesmente descobre que tem os poderes de seu xará famoso; e os usa da maneira que acha correta, mesmo que fazendo isso se exponha aos olhares curiosos.
Positivo/Negativo: Criou-se uma grande expectativa em torno desta minissérie após algumas declarações nos Estados Unidos, segundo as quais se tratava da "maior declaração de amor ao Superman de todos os tempos".
Pelo que se ouvia e lia enquanto a revista não chegava ao Brasil, todos esperavam uma versão refinada daquela identificação romântica com o personagem que os fãs experimentaram quando Smallville era novidade.
Contudo, não é isso que Busiek se propõe a fazer logo de cara nesta primeira parte. O Clark Kent do "mundo real" não é um fã do Superman que compartilha estes sentimentos do leitor. Muito pelo contrário, seu nome é um fardo do qual é impossível se livrar.
Uma distinção fundamental que Clark mostra é que o personagem dos quadrinhos tinha sua identidade protegida, enquanto ele não pode escapar das provocações diárias. Talvez os dois se pareçam neste ponto: carregar o nome do maior herói do mundo pode ser tão difícil quanto ser esse herói ainda garoto com seus poderes desconhecidos.
O que Busiek mostra até aqui é uma metáfora bem construída da adolescência que se apóia na mitologia do Superman, mas sem tocar diretamente o elo afetivo que o personagem tem com o público. A realidade deste Clark Kent está mais próxima da de Peter Parker, com direito até a uma versão de Flash Thompson. A maneira como reflete sobre os poderes que adquiriu também é diferente; mais pensando do que sentindo, como acontecia com Kal-El.
A arte de Sutart Immonen está excelente. Toda intensidade dramática é captada pelo desenho e transportada para uma atmosfera mágica. Os grandes painéis compõem uma narrativa cinematográfica envolvente, em que o enquadramento e a cor combinam perfeitamente, conferindo à história o tom épico que o roteiro pretende.
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