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SUPERMARKET # 2

1 dezembro 2006


Título: SUPERMARKET # 2 (IDW)
- Minissérie mensal em quatro edições
Autores: Brian Wood (roteiro), Kristian Donaldson (arte), Robbie Robbins (letras) e Chris Ryall (edição).

Preço: U$ 3,99

Números de páginas: 24

Data de Lançamento: Março de 2006

Sinopse: A mando da Yakuza, os pais de Pella Suzuki foram assassinados. E o apartamento que eles mantinham para casos de emergência, na Cidade, foi descoberto.

Agora, a única opção da garota é transitar pelas ruas do supermercado urbano e se manter longe de seus perseguidores... O que não irá durar muito tempo.

Positivo/Negativo: Na primeira
edição
, Brian Wood usa o cenário criado para tecer sua crítica ao
padrão de vida consumista da sociedade norte-americana. Nesta segunda
parte das desventuras de Pella, o escritor segura o lado panfletário da
minissérie para desenvolver a trama principal.
Na fuga dos mafiosos japoneses, a protagonista descobre o passado criminoso do pai; um ex-yakuza que havia feito uma bolada nos seus tempos de contravenção. E fica sabendo como ele desistiu dessa vida quando sua esposa, na época uma atriz do setor pornográfico sueco, engravidou da menina, afastando-os do submundo.

Agora, Pella parece ter voltado para ter o que acha ser seu.

É então que Kristian Donaldson se destaca na arte.

Seu estilo caricato leva o leitor com dinâmica pelas revelações feitas, nas páginas mais lentas, como no corre-corre desesperado de Pella. Seu traço distinto se destaca em cada caracterização feita - desde o celular que projeta imagens acima da tela ou do bando de yakuzas que surge numa esquina, vestindo ternos pretos e munidos de cigarros, expelindo uma enorme e estilosa nuvem de fumaça. Tudo num colorido que varia do impacto a uma moderação visual.

Ao final da edição, Wood apresenta um bando de atrizes suecas pornô mafiosas - sim, isso mesmo - e um personagem não-nomeado, que ajuda Pella a salvar o próprio traseiro quando tudo parecia perdido. E ele deve ser o elo que explicará o porquê de tudo estar se desenrolando como está.

"Sua vida está na linha", afirmam os dizeres do slogan da companhia férrea da qual a menina Suzuki toma um trem, na penúltima página, continuando sua fuga, num bem sacado jogo de duplo sentido.

O trem parte e o leitor quer segui-lo até a terceira edição.

 

Classificação:

4,0

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