Autores: Alan Moore (roteiro), J. Morrigan, Mark Pajarillo, Rick Veitch e Chris Sprouse (desenhos).

Preço: R$ 29,90

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Julho de 2003

Sinopse: Neste terceiro volume de A História do Ano, Supremo e os Aliados enfrentam o terrível Optilux.

Em outro momento, o herói encara os sinuosos encantos do amor e, por fim, tem o derradeiro combate com seu mais poderoso inimigo.

Positivo/Negativo: Este número começa com a conclusão da missão de resgate iniciada na edição anterior.

Uma boa aventura que prepara o terreno para o que está por vir.

Na segunda história, há um momento mais tranqüilo, com Supremo recapitulando algumas de suas experiências no campo amoroso.

O autor brinca com todos os clichês que tal situação pode promover, e constrói uma daquelas tramas em que o leitor mantém o sorriso por cada uma das 24 páginas.

Em seguida, começa a maior batalha que Supremo já enfrentou.

Ele encara o retorno de seu inimigo Darius Dax, numa frenética aventura, que tem um desfecho que remete diretamente à sua própria origem.

Alan Moore conclui a história de Supremo fechando um círculo que acaba por mostrar a inevitabilidade que sempre ronda a vida de tais personagens. Explicando melhor: ele mostra que quase sempre o herói e o vilão estão intrinsecamente ligados desde suas origens, ainda que não saibam disso.

Pouco foi comentado a respeito da arte de A História do Ano, e isto não aconteceu ao acaso.

Todos os desenhos são perfeitos no que buscam mostrar, visando um traço característico para cada época retratada.

Por exemplo: o Supremo do "presente" é mostrado como um legítimo super-herói criado no início dos anos 90, com aquele típico traço associado à Image, e a desenhistas como Jim Lee, Marc Silvestri e ao seu próprio criador, Rob Liefeld.

Como já foi dito antes, na resenha do primeiro volume, o principal destaque são os flashbacks, que têm uma vivacidade e uma força muitas vezes superiores à arte das histórias passadas no presente. Neste ponto, os méritos vão para o excepcional trabalho realizado por Rick Veitch.

No entanto, isso não tira o mérito dos artistas que contribuem com desenhos extremamente eficientes e, por vezes, belíssimos.

Voltando ao roteiro, Supremo - A História do Ano é a prova impressa do talento inquestionável do autor, ao pegar um personagem que nada mais era do que um plágio muito do descarado do Super-Homem, e o transformar no maior tributo já realizado ao sexagenário herói da DC Comics.

Desnecessário dizer que, em sua totalidade, é uma obra maravilhosa, e tampouco é preciso comentar que é bastante superior a praticamente tudo que já foi feito com o Homem de Aço. Mas nunca é demais frisar que, apesar de toda a perfeição estética e da beleza da homenagem feita aos quadrinhos, é, acima de tudo, uma história muito bem contada, que dá um imenso prazer de ser lida.

Para finalizar, a Brainstore realizou um trabalho editorial magnífico com os três volumes da coleção.

Ao reproduzir fielmente a edição americana que compilou todo o trabalho de Alan Moore à frente do título Supreme (no original), incluindo todas as capas assinadas por Alex Ross (inclusive a do box para guardar a coleção que acompanha o terceiro volume) e alguns rascunhos do mesmo desenhista, além das bem sacadas notas de rodapé, a editora brindou os leitores com uma belíssima obra de arte.

Se há uma ressalva que pode ser feita é o alto preço da coleção completa, que gira em torno de R$ 90,00, um valor irreal e impraticável, ainda mais se levarmos em conta que é o tipo de história que tem uma magia toda própria para conquistar novos leitores, ou para reacender a chama dos antigos por essa paixão que chamamos de quadrinhos.

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