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SURFISTA PRATEADO – RÉQUIEM # 2

6 setembro 2009


Autores: J. Michael Straczynski (roteiro) e Esad Ribic (arte).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Dezembro de 2008

Sinopse: Após descobrir que está morrendo, o Surfista Prateado resolve abandonar a Terra para rever seu planeta Zenn-la pela última vez. Antes de partir, recebe um presente do Dr. Estranho.

A caminho de seu planeta natal, o herói se vê em meio a uma batalha secular. Quando chega a Zenn-la, precisa acertar as contas com Galactus antes de morrer.

Positivo/Negativo: O que já estava bom na primeira edição da minissérie, melhorara ainda mais. A tocante saga da morte de um dos heróis mais puros e idealistas da Marvel chega à sua conclusão. Mas, claro, foi definida pela editora como "fora da cronologia oficial".

O roteirista J. Michael Straczynski estava inspiradíssimo ao escrever o roteiro. O texto é muito bem amarrado, as situações que revelam a personalidade dos personagens são criativas e a impressão final para o leitor é a satisfação de ter nas mãos uma grande HQ.

Na primeira história desta edição, o Doutor Estranho se encontra com o Surfista Prateado momentos antes de ele partir de volta a Zenn-la. O mago informa ao ex-companheiro da equipe Os Defensores que as maiores mentes humanas buscaram de todos os modos uma cura para o mal que lhe consome a vida, mas fracassaram. E, em seguida, dá a Norrin Radd (o nome verdadeiro do ex-arauto de Galactus) um presente.

O presente é uma chama que contém o conhecimento de como o mundo era antes da intervenção do Surfista Prateado e no que se tornou graças a ele.

A arte de Esad Ribic é belíssima. O traço valoriza as expressões e dá a dramaticidade necessária às situações e ao texto de Straczynski. E a colorização, que em mãos menos competentes poderia criar painéis estáticos, prima pelo movimento.

Outro momento tocante é quando o herói resolve um conflito de 50 gerações entre duas raças alienígenas. O personagem, um símbolo do pacifismo, é perfeitamente captado pelo texto de Straczynski, como se percebe nesta frase: "Se lugares sagrados são poupados das agruras da guerra, então tornem sagrados todos os lugares".

Logo depois há um momento tocante: quando Norrin Radd está moribundo nos braços de sua amada Shalla-Bal, e precisa ser carregado até Galactus, para um surpreendente acerto de contas com seu antigo mestre.

Após a morte do Surfista, uma última homenagem o aguarda. E, na página final, revela-se o narrador das duas histórias derradeiras.

Poucas vezes vê-se um material com tamanha qualidade nas grandes editoras norte-americanas.

Quanto á edição brasileira, o problema da edição anterior persiste: o sobrenome do roteirista é creditado como Straczynksi, quando o correto é Straczynski.

E algumas informações adicionais: os títulos das histórias que compõem a edição, Benedictus e Agnus Dei, são partes da missa de réquiem. E o texto citado ao final, atribuído a "um poeta terráqueo de muitos anos atrás..." é retirado de Romeu e Julieta, de William Shakespeare.

 

Classificação:

4,0

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