Autores: Arnaldo Branco, Donida, Gabriel Góes, Daniel Paiva, Sílvio Ayala, Allan Sieber, Schiavon, Guazzelli, Fábio Zimbres, Matias Maxxx, Stêvz, Jaca, Johandson Rezende, MZK, Juca, Daniel Lafayete, Dunia,Bennet, Leonardo, Zé Colméia, André Dahmer, André Valente, Chiquinha, Gustavo Goose, Cynthia Neves, Diana Behrens, Danilo Lucas, Iranildo, Adolfo Sá e Vinicius Mitchell.

Preço: R$ 5,00

Número de páginas: 120

Data de lançamento:Outubro de 2009

Sinopse: Revista de humor, com histórias em quadrinhos e textos.

Positivo/Negativo: Batendo o olho na revista, parece uma compra bastante interessante: 120 páginas, grandes nomes dos quadrinhos nacionais e um preço convidativo.

Claro que para se chegar a esse preço é necessário usar um papel mais barato, que borra imagens e textos e deixa páginas lavadas de vez em quando. Isso não chega a ser um problema. Há um espírito de fanzineiro nos responsáveis pela Tarja Preta.

Espírito esse que diz: é melhor lançar assim a esperar demais e talvez nunca publicar. Questão de opção. Mas esse direcionamento, por vezes, atrapalha a revista.

Que o alinhamento da Tarja Preta é o underground e a provocação, não há a menor dúvida. Mas, às vezes, a provocação é tanta, que parece pirraça; vira brincadeira de criança boca-suja.

As brincadeiras e defesas da maconha são tantas que o leitor se pergunta se a revista não deveria ser impressa em papel de seda. Há um desgaste de todo o humor fumaça verde: uma é engraçado, duas é divertido, três é legalzinho e quatro já esgotou.

Depois da melhor história da revista (sem título, de Guazzelli), vêm as mais bobas: O plano infalível, de André Valente, e Internato Santa Donalda e as tiras Boldinho, de Daniel Paiva. São sátiras de personagens infantis (Disney e Mauricio de Sousa) atirados em um mundo underground, com ações extremas.

Destacam-se entre as melhores histórias: A vida é boa, de Fábio Zimbres, Algumas lembranças de quando eu era maconheiro, de Stêvz, as tiras de Daniel Lafayete e O evangelho segundo terceiros, de Daniel Paiva.

Uma revista com tantos bons colaboradores pode render mais que a Tarja Preta nesta edição. Há fumaça de boas HQs, mas faltou o fogo.

 

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