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TAXI

1 dezembro 2010

TAXI

Editora: Independente - Edição especial

Autor: Gustavo Duarte (texto e arte).

Preço: R$ 10,00

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Outubro de 2010

 

Sinopse

Um músico de jazz sai para um concerto, mas esquece sua case no bar onde estava. Para voltar ao local, pega um táxi que é dirigido por um... elefante! E a confusão está apenas começando!

Positivo/Negativo

Gustavo Duarte fez de novo. Depois do sucesso de Có!, que lhe garantiu dois HQ Mix - de Publicação independente - Edição única e de Desenhista revelação-, voltou a demonstrar que, além de um fantástico chargista e caricaturista (como os leitores do Lance! sabem desde 2000), já é um grande quadrinhista.

Mais uma vez, ele aposta numa narrativa sem nenhum balão de texto, o que dá margem para mostrar seu domínio das técnicas de narrativa de uma história em quadrinhos. É quase possível enxergar o movimento dos personagens entre uma cena e outra. E a variação das expressões faciais, tanto nos seres humanos, quanto nos antropomorfizados, é de tirar o chapéu.

O roteiro é brilhante? Não. Mas é muito bem amarrado, serve para Gustavo Duarte dar vazão às suas pirações (destaque para a cena em que o taxista elefante puxa o afogador para o seu carro andar sob a água) e tem um final bastante divertido.

Outra diversão de Taxi (sem acento porque os letreiros dos "carros de praça" não o têm) é achar as muitas homenagens que o autor espalha pelas páginas. Vale enumerar algumas.

1) No começo da história, os personagens estão no São Cristóvão Bar, onde Gustavo fez o lançamento paulistano de suas duas HQs.

2) Há menções aos dois times de coração do autor: o Noroeste, de Bauru (na placa do táxi), e o São Paulo.

3) O número 32 que aparece no carro é uma homenagem a Magic Johnson, grande jogador de basquete (o esporte favorito de Gustavo) norte-americano, que brilhou por muitos anos no Los Angeles Lakers.

4) O protagonista da história encontra quatro jazzistas ainda vivos, cujos nomes foram fornecidos pelo autor: Dr. Lonnie Smith (organista), Ron Carter (baixista), Harry Conick Jr. (cantor e pianista) e Wynton Marsalis (trumpetista). Aliás, valia uma notinha para informar quem são eles aos leitores, que, como este resenhista, não são conhecedores de jazz.

5) A revista é quadrada para simular o formato de um disco antigo de jazz.

6) E há ainda referências à revista Có!.

O único senão de Taxi é que a leitura acaba muito rápido, mesmo que o leitor fique procurando referências ou admirando a bela arte. Fica um gosto de "quero mais". Sinal de que Gustavo Duarte precisa achar tempo no seu atribulado dia a dia e produzir novos quadrinhos. Os fãs agradecem.

Classificação:

4,0

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