Teatro do Pavor – Antologia
Editora: Skript – Edição especial
Autores: Sol de prata – Marcel Bartholo;
Banquete – Amaury Filho;
Fogo – Alice Monstrinho;
Shh... – Ale Presser;
Anhangá – Igum D’Jorge;
Praga de sexta-feira santa – Aldo Solano;
Manaus Noir – Rapha Pinheiro;
O unhudo – Camilo Solano;
O monstro – Douglas Freitas (texto) e Roberth Santos (arte);
Atualização – Diego Moreau (roteiro) e Renata Aguiar (desenho);
Medo bruxólico – Manu Cunhas;
Aquele que cala – Kaol Porfirio;
A noite escura da alma – Thamy Adriana;
Participação especial de Gustavo Borges.
Preço: R$ 49,00
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Dezembro de 2018
Sinopse
Teatro do Pavor é uma antologia de terror em quadrinhos brasileiros.
São 13 contos, cada qual com uma trama curta baseada em lendas, folclore e causos assombrosos que muitas vezes remetem às tradicionais histórias orais contadas à beira da cama, antes de dormir.
Positivo/Negativo
De cara, chama a atenção na revista que os contos de cada autor(a) não são separados por seções que apresentam os títulos das histórias e seus respectivos autores. O conjunto da obra se apresenta como se uma trama estivesse ligada à outra. A antologia reúne 13 HQs e uma participação especial de Gustavo Borges, com o Morte Crens.
Todas as narrativas têm o terror como premissa, e outras, como Anhangá, Unhudo e Manaus Noir, se apropriam de lendas e culturas folclóricas do nosso país.
Um dos destaques é O Monstro, de Douglas Freitas e Roberth Santos, que aborda a questão do abuso sexual de uma criança. É uma narrativa que mostra o lado obscuro vivido por muitas meninas e meninos por detrás de um silêncio imperceptível. O monstro do título não é uma imaginação ou ficção, mas uma realidade metaforizada que retrata o verdadeiro terror da infância.
Esta coletânea mostra o potencial criativo dos artistas brasileiros. Várias histórias surpreendem, como A noite escura da alma, pelo enredo de Thamy Adriana; e Banquete, de Amaury Filho, com uma arte com forte impacto visual.
O título da antologia remete à ideia de cada conto ser uma peça encenada em um ambiente bem conhecido. O palco, muitas vezes, é um lugar para onde nossa imaginação for capaz de conduzir.
Este foi o primeiro lançamento da Skript, que em pouco mais de um ano de mercado já tem uma produção respeitável. A editora vem apostando no financiamento coletivo, pela plataforma do Catarse, para viabilizar seus títulos. E tem se dado bem.
Em toda coletânea é comum haver uma oscilação no nível das histórias, mas nesta há um agradável equilíbrio. Bom trabalho de edição, com apenas uma troca de pronome (ele por ela) na página 34.
A revista tem capa cartonada, miolo preto e branco e, nas páginas finais, as biografias dos autores e um glossário das principais lendas do nosso folclore. Ótima iniciativa.
Classificação:
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