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TEX # 414

1 dezembro 2004


Título: TEX # 414 (Mythos
Editora
) - Revista mensal

Autores: Mauro Boselli (roteiro) e Raffaele Marcello (desenhos).

Preço: R$ 4,50

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Abril de 2004

Sinopse: Os heróis do Texas - Tex vai com o filho Kit ao
funeral de um velho amigo e conta uma aventura ocorrida muitos anos antes,
relacionada com o morto. Sua missão, na época, era avisar e ajudar na
retirada das famílias que habitavam alguns vales na Região do Rio Pecos,
levando-os a Forte Davis, para livrá-los dos comanches, chefiados por
Tonkawa, Buffalo Chief e Quanah, que querem invadir o Texas a partir do
México.

Fort Quitman foi abandonado pela guarnição. A cidade mais próxima é El
Paso e Tex imagina que esteja sitiada pelos comanches. Os prisioneiros
libertados estão divididos entre ajudar e fugir. De repente, apenas o
Rio Grande separa o grupo de retirantes dos mil guerreiros de Tonkawa.

Positivo/Negativo: Como sempre, Tex age com muito humanismo com
os homens que estão do lado do bem, fortalecendo o seu estigma de benfeitor,
de herói. Um bom exemplo se vê na seqüência das páginas 20 a 25.

O roteiro é veloz e compacto. Uma vez libertados, os prisioneiros buscam
seus caminhos. Uns se declaram logo e outros jogam com a situação. Na
hora decisiva, um integrante da comitiva assume sua má índole e foge com
um prisioneiro. Mas como escapar se lá fora havia mil guerreiros comanches?

A luta entre os sitiados do Fort Quitman e os comanches é árdua, recheada
de momentos heróicos e emotivos. Bem posicionados e sob o comando de Tex,
os defensores aplicam pesadas baixas aos atacantes e ganham tempo na esperança
de um milagre. Há tempos não se via tamanha carnificina numa aventura.
Com canhões e explosivos, aliados a muitos tiros de rifle, os índios são
barrados. Mas até quando?

Até a cavalaria chegar para salvar os sitiados. Como é peculiar ao roteirista
Boselli, cheio de suspenses, somente então, o leitor descobre quem é o
amigo de Tex que será sepultado.

Os desenhos do Marcello conduzem o leitor de modo seguro pelo roteiro,
com muitas tomadas bem atrativas e personagens bem caracterizados.

Para fechar a aventura no atual padrão Bonelli (histórias não devem
terminar no meio das revistas), o final é um tanto brusco, pois a cavalaria
chega, ataca e derrota os mil comanches em três tiras ou quatro desenhos.

Também se percebe uma falha: na página 104, Tex é ferido no ombro por
uma flecha; na 107 ele está segurando o braço, já sem a seta. Como ele
conseguiria retirá-la tão rápido, sozinho? E na 108, o mesmo braço não
parece ferido, pois é usado para acalmar o novo amigo.

Apesar da boa condução da história, o roteirista se perde num ponto simples:
a participação de Kit Willer. Ora, ele vai com Tex desde a Reserva Navajo
até Wackett, no Texas, numa viagem longa e cansativa e seu pai não lhe
conta nada? Aonde vão? Como é o lugar? O que encontrarão lá? Por que estão
indo tão longe?

Somente quando chegam ao destino é que Tex começa a lhe contar? É mais
ou menos como um grupo de texianos irem à Reserva Navajo e, durante
a viagem, falarem somente de futebol.

A história contata nas três últimas edições foi muito boa e movimentada,
a melhor dos últimos tempos.

Classificação:

4,0

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