TEX # 422
Título: TEX # 422 (Mythos
Editora) - Revista mensal
Autores: Claudio Nizzi (roteiro) e Jose Ortiz (desenhos).
Preço: R$ 4,90
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Dezembro de 2004
Sinopse: A longa viagem - A história começa com um mergulho
na história mexicana, quando o último Imperador Asteca foi derrotado pelo
conquistador espanhol Cortês e fugiu levando consigo seu fabuloso tesouro,
que escondeu numa ilha do Golfo da Califórnia.
O mapa do tesouro passou de mão em mão, como que possuído de uma maldição,
que culminava na morte de quem o portasse, indo parar na biblioteca de
um mosteiro.
Somente mais de 300 anos depois, a notícia do tal tesouro voltou à tona
e Tex foi chamado pelo professor Doberado para ajudá-lo nas buscas.
Durante a viagem de Tex e Carson para Chihuahua, o trem em que viajam
é alvo de bandidos mexicanos, liderados por Tacho Montoya. Mas é preciso
mais para acabar com os rangers.
Ao encontrar o velho amigo Montales e Doberado, são postos a par de tudo.
Da longa conversa, surgem os primeiros indícios sobre os responsáveis
pela emboscada no trem e tem inicio a investigação.
Positivo/Negativo: A capa foi impressa num papel mais grosso e
recebeu um acabamento que a deixou mais brilhante, conferindo um aspecto
mais bonito e robusto à revista.
Logo no início da edição, na matéria Bifes com Batatas em Lisboa,
o editor narra um encontro em Lisboa, Portugal, com a ilustríssima presença
de duas texianas brasileiras: Edna Araújo, de Presidente Prudente/SP,
e Fernanda Martins, de São Luis/MA, atualmente radicada na Holanda. Tudo
organizado pelo José Carlos, representante da Mythos naquele país.
Uma bela manifestação de amor pelo ranger.
Quanto à história, as caças aos tesouros, aos eldorados, são temas batidos
nas HQs e no cinema, pois mexem com o imaginário popular. Por isso, são
tão recorrentes. Na verdade, são instigantes porque vêm de uma época de
informações raras, situações imaginárias, feitos fantásticos.
E Nizzi se movimenta muito bem neste terreno, prendendo a atenção do leitor.
Ele alterna bem as cenas de apresentação com as de ação; e a conclusão
da aventura, no próximo número, promete muitos socos e tiros.
Ortiz tem perfeito domínio sobre o preto-e-branco. Entretanto, seus desenhos
são muito escuros. As artes mais claras são mais facilmente entendidas
pelos leitores (nota do UHQ: esta é uma opinião do autor da resenha),
tanto que a maioria prefere o Claudio Villa e o Fabio Civitelli.
As tomadas abertas (paisagens) são cheias de assuntos, mas por causa das
muitas sombras não mostram tantos detalhes; e o leitor acaba por ver pouco.
Já os rostos em close são rabiscados demais. O Tex de Ortiz é feio e fica
bem velho, cansado. Para os fãs que adoram o traço do artista, fica a
virtude inabalável de que o seu Tex é um durão, com uma cara que assusta
e até um pouco arrogante.
Tex fecha mais um ano nas bancas brasileiras, fazendo a alegria
de milhares de leitores fiéis e mostrando que ainda tem muitos anos pela
frente, devido ao alto nível mantido nas histórias e ao tratamento profissional
aplicado nas revistas pela Mythos.
Os leitores e colecionadores de Tex podem se orgulhar de sua longevidade
e de manter acesa a chama da aventura nas várias publicações atuais. A
revista passou a custar R$ 4,90, ainda assim um preço acessível para um
lazer garantido.
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